
Foto
interessantíssima, gentilmente cedida por Antonieta Bagarrão Lisboa,
através da qual podemos ver o conjunto de alunos e alunas que
frequentava a Escola Prática de Pesca e Comércio do Distrito de
Moçâmedes (1ª foto), do 1º ao 5º ano, no ano lectivo de 1949/50. Também podemos ver o corpo docente da altura. Clicar sobre a foto para ampliar.
1ª foto: De baixo para cima e da esq. para a dt., reconheço, entre outros:
1º plano: Albino Aquino (Bio), ,Carlos Pinho Gomes, ?, Manuel Dias Monteiro (Neca), ?, Amilcar Almeida, José Patrício, Arnaldo Van der Keller (Nado), ?, Carlos Manuel Guedes Lisboa (Lolita), Nito Abreu, Bajouca Zezinho Guedes Duarte, Manuel Rodrigues Araújo, António José Carvalho Minas e Norberto Edgar Almeida.
2º plano: Carlos Calão, Isaac Aço, Mário Ferreira, Geraldo, Antonieta Bagarrão (Dédé), Mimi Carvalho, ?, Zezinha Grade, Fernando Morais (de camisa escura), ?,?,?, Licas Freitas (de pé, ao centro), Dito Abano, ?, Carequela. ?,?, Jaime Custódio, Zezo Freitas, Carequeja, ?, Soares, ?, Figueiredo, Beto de Sousa,? Velhinho , ?, Albertino Gomes e?
3º plano: Maximina Teixeira (8),?. Fátima Duarte, Carolina Mangerição, ? Lúcia Brazão Reis, Constantina, ??" Carlitos Alves,
4º plano: Fátima Abrantes, ?, Nelinha Costa Santos, Salete Leitão, Malanie Sacramento, ???, Raquel Martins Nunes, Orbela Guedes, ? Mário Bagarrão, Fernanda Vieira,..
5º plano: Francelina Gomes, Ermelinda, ??; Augusto Martins, ??, Padre Galhano, Viriato (prof. Desenho), Dr. Borges (Director), Dr Rodrigues (Calhau -prof. Matemática);?: Prof. Carrilho (Dactilog/Caligraf./Estenograf.), Adelaide Ernesto, Mária, Luzete de Sousa, Odete Sousa, Edith Pinho Gomes, e mais à dt,, em cima, Bernardette Diogo, Tereza Duarte, Fernandina Peyroteu. Rui Bauleth de Almeida
2ª foto: Tirada no mesmo ano lectivo de 1949/50, estes seriam os finalistas.
Entre eles e elas reconheço, da esq. para a dt., em cima : Cecilio Moreira, Dr. Elias Trigo (Veterinário), Dr. Domingos da Ressurreição Borges, Padre Belarmino Galhano, Dr. Rodrigues, Dr. Brigitte, ?, Prof. Carrilho Um pouco abaixo: A meio: Leonor Bajouca, ?, Lúcia Brazão ? Ainda mais à frente; ?,?,?, Ferreira, Carlitos Alves, ?.
Entre eles e elas reconheço, da esq. para a dt., em cima : Cecilio Moreira, Dr. Elias Trigo (Veterinário), Dr. Domingos da Ressurreição Borges, Padre Belarmino Galhano, Dr. Rodrigues, Dr. Brigitte, ?, Prof. Carrilho Um pouco abaixo: A meio: Leonor Bajouca, ?, Lúcia Brazão ? Ainda mais à frente; ?,?,?, Ferreira, Carlitos Alves, ?.
Moçâmedes, subida da S.O.S., no
regresso de uma aula prática desta Escola, decorrida junto dos estaleiros navais. Da esq. para a dt., Sereeiro, ?, o professor
Cecilio Moreira, Cecília Victor, Maria Emilia Ramos, Edith Lisboa
Frota, Costa Santos (Carriço) e Humberto Gomes.
4ª foto: o edifício onde funcionou a Escola Prática de Pesca e Comércio de Moçâmedes, até ser extinta em 1960.
4ª foto: o edifício onde funcionou a Escola Prática de Pesca e Comércio de Moçâmedes, até ser extinta em 1960.
O ENSINO SECUNDÁRIO EM MOÇÂMEDES
Naquele tempo havia a ideia de que o ensino público deveria estar ligado às actividades inerentes ao local em que os alunos residissem, partindo-se do pressuposto que não haveria a mobilidade territorial entre as pessoas.
Moçâmedes, como terra essencialmente dedicada às coisas do mar, não deveria ter um Liceu, mas sim uma Escola de cariz profissional que melhor serviria as aspirações das suas gentes. E assim surgiu a Escola Prática de Pesca e Comércio de Moçâmedes.
Convém contudo recuarmos um pouco, até 1918 o ano exacto em que surgiu a primeira e fugaz tentativa de criação de uma Escola de cariz prático, considerada adequada às necessidades da população, a Escola Marítima de Moçâmedes que no ano seguinte viria a ser substituída por um outro tipo de Escola, a Escola Primária Superior Barão de Moçâmedes. Esta Escola, criada em 1919, mas posta a funcionar penas em 1925, embora ostentasse a designação depreciativa de Escola Primária Superior, possuia um currículo de cariz literário que a demarcava de um ensino meramente profissional e primário, e a colocava a par de um ensino secundário. Os moçamedenses da época queriam muito mais do que um saber prático, numa altura em que as elites elegiam a instituição liceal como o paradigma do ensino secundário.
No ano de 1927, a Escola Primária Superior Barão de Moçâmedes, que nascera administrada pela Câmara Municipal, passou a ficar sob a alçada do Estado, e a partir de 1930, passou a adoptar períodos lectivos idênticos aos dos liceus. Porém ainda não em termos de currículo, não obstante os sonhos da população de a elevar a ctegoria superior na escala da classificação. Em 1936, foi extinta e deu lugar à Escola Prática de Pesca e Comércio de Moçâmedes. Mas ainda aqui houvera uma tentativa de dar a esta Escola a designação de Escola Industrial Marítima de Moçâmedes.
No
dia 4 de Junho de 1952, foi determinado que entrasse em funcionamento o
primeiro ano do ciclo preparatório elementar do ensino profissional,
industrial e comercial. E a Escola Prática de Pesca e Comércio de Moçâmedes em 1952 foi sendo extinta, e passa a Escola Industrial e Comercial e de Moçâmedes, que alí continuou por mais uma década, até ser
também extinta para dar lugar, em novas e modernas instalações, à
Escola Industrial e Comercial Infante D. Henrique, criada por decreto de
13 de Agosto de 1960, e cuja inauguração foi integrada nas comemorações
centenárias da morte do Infante de Sagres. O Infante de Sagres, o Navegador, um apaixonado pelas ciências náuticas, foi o seu Patrono. Ainda aqui parece ter-se mantido vivo o preconceito inicial, como pode depreender pela relação expressiva entre os dois nomes.
No dia 21 de Outubro de 1961 foi criado finalmente, em Moçâmedes, o Liceu Almirante Américo Tomás. até ao 5º ano, por ocasião da visita à cidade do Ministro do Ultramar, Professor Doutor Adriano Moreira.