Gente do meu tempo (baú de recordações)

Este é um blog saudoso, NÃO SAUDOSISTA, e partiu da ideia de partilhar com todos aqueles que nasceram e viveram em MOÇAMEDES (Angola), hoje NAMIBE, e que se encontram dispersos pelo mundo, um conjunto de imagens e descrições, que os faça recuar no espaço e no tempo e os leve a reviver lugares, acontecimentos e gentes de um outro tempo vividos numa bela e singular cidade, nascida entre o deserto e o mar...

Texto coberto pelas leis de Copyright. Partilha impõe o respeito por essas leis , identificando o nome e proveniência do autor, sendo considerado PLÁGIO quem não as respeitar. MariaNJardim

12 abril 2019

Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro e o seu tempo


 



DA DITOSA TERRA NOSSA AMADA...

TEXTO DE BERNARDINO FREIRE DE FIGUEIREDO ABREU E CASTRO, O DIRECTOR DA 1ª COLÓNIA DE EMIGRANTES FUNDADORES DE MOÇÂMEDES VINDOS DE PERNAMBUCO- BRASIL EM 04 de AGOSTO DE 1849. In Nossa Senhora de Guararapes, publicado ainda em Recife de Pernambuco, 1847:


«Aceita cá de longe o suspiro da mais viva saudade, que te envia o desterrado filho teu. Foi em ti que passei a primavera da vida, que tão rápida se esvaece , que mal se sente! Veiu apoz a estiva quadra que apenas toquei e gozar não pude no solo teu; Malfadada sorte me afugentou de ti, e cá de longe ouço os teus gemidos, que estalar de dor me fazem o coração!... Oh! como me lembro do solar paterno, e aquelles em cujas veas corre o mesmo sangue.
- como os amigos da infância, os folguedos innocentes, os sítios das primeiras impressões!
- como ... os bellos dias, as suas lindas manhãs, em que a vista se recrea..., os ouvidos se afinam...; e em que o olfato se apura pelos esquesitos perfumes... que diffícil fora enumerar!
Dias ditozos! que manso a manso vos evaporastes todos , para mais não volver, e que só deixastes saudades tantas, para onde voaste? Meigos sorrisos que vos agitáveis nos innocentes lábios meus, para onde fugistes? Luz insolente! que brilhavas nos meus puros olhos para onde te ausentaste, que agora ou elles tristes derramam copiosas lágrimas, ou retratam da alma a profunda meditação? Tudo, tudo se esvaneceu, e apenas resta a esperança - esta de todas a mais fiel amiga, a mais constante companheira - esta sim, esta eu cá sinto d'entro da alma...
Saudade,
Saudade, nome melodioso e suave, mas enternecedor! vocábulo sem par! que inveja fazes a tantos povos; os quaes porque te não sentiram, não te souberam exprimir! Ditosa língua que tal expressão possuis...»

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Em 1839 Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro exilou-se em Pernambuco, Brasil, após o triunfo do liberalismo em Portugal sobre os absolutistas, e a partida de Dom Miguel para o exílio.

Porquê Bernardino absolutista?

Quando jovem universitário Bernardino deixou os estudos em Coimbra para se alistar, como tenente de caçadores, nos voluntários realistas do exército de Dom Miguel, levado pelos princípios e sentimentos de sua família, uma família católica, conservadora e legalista, e pela influência de um parente próximo, general das armas da província.

A verdade é D. Pedro era o legítimo herdeiro do trono, mas com o rei seu pai, D. João VI e a corte, refugiados no Brasil, em consequência das invasões francesas (1808-11), tudo se alterou em termos da legitimidade da sucessão. Com a revolução de 1820 em Portugal, Dom João VI, teve que regressar a Portugal deixando o seu filho mais velho, Dom Pedro, como príncipe regente do Brasil. Em Portugal Dom João VI quis efectivar uma recolonização (volta à condição de colónia) do Brasil, mas os brasileiros, recusaram as imposições do Parlamento português e rapidamente a independência do Brasil aconteceu. Logo a seguir Dom João VI morre, e deputados portugueses exigiram o retorno de Dom Pedro, mas o príncipe regente proclamou a sua permanência no Brasil, voltou costas ao trono em Portugal, e perdeu toda legitimidades para os legalistas. A 09 de Janeiro de 1822, ficou conhecido como o dia do “fico”, e o 07 de Setembro desse ano como o dia em que Dom Pedro proclamou a Independência do Brasil: “É tempo: independência ou morte! Estamos separados de Portugal!”.  A seguir, no dia 12 de Outubro de 1822, Dom Pedro foi nomeado imperador do Brasil (1822-1831). Em 1825 Portugal assinou um acordo com a Inglaterra reconhecendo a autonomia política brasileira.

Entretanto no Brasil cresce a impopularidade do imperador, e em 1824, iniciou-se em Pernambuco um movimento contrário a Dom Pedro que rapidamente ganha proporções, sendo castigados violentamente os líderes. A imprensa brasileira  subiu de tom contra o Imperador e levou a crescentes agitações populares nas províncias, até que no ano de 1831 Dom  Pedro abdicou do trono e retornou a Portugal, onde tal como acontecera a seu pai, depressa faleceu acometido por tuberculose no ano de 1834. Como a monarquia era hereditária, seu filho Pedro de Alcântara, com apenas cinco anos na época, passou ser o herdeiro do trono. Com este facto, findou o Primeiro Reinado no Brasil, iniciando outra fase da história brasileira, o Período Regencial (1831-1840). Brasil e Portugal continuavam nas mãos da mesma família, com Dom Pedro II no Rio de Janeiro e Maria II em Lisboa.


A fase do professorado no Brasil

Quanto a Bernardino, exilado no Brasil, renuncia a toda a actividade política, dedica-se exclusivamente ao ensino no Colégio Pernambucano, regendo as cadeiras de História, Geografia e Latim. Não perdeu o amor aos livros, às letras. Escreveu livros de carácter didáctico, como a História Geral, em seis volumes. O Primeiro volume sobre a “História Sagrada do Antigo Testamento”; o segundo sobre a “História da Vida de Jesus Cristo” e dos Apóstolos, e História dos Judeus desde a dispersão até aos nossos dias “; o terceiro a “ História Antiga e Grega”; o quarto sobre a “História Romana e da Idade Média”, o quinto sobre a “História Moderna”; e o sexto sobre a “História de Portugal e do Brasil”. Mas o erudito professor não se ficou por aqui, escreveu outros livros dos quais destacamos “Nossa Senhora de Guararapes – romance histórico, descritivo, moral e crítico”, que tem por fundo os encontros sangrentos entre portugueses e holandeses, em 1648 e 1649, nos altos montes dos Guararapes, na região do Recife.


A opção por África e a fundação de Moçâmedes

Bernardino impunha-se como condutor de homens, pelas suas qualidades de liderança e iniciativa. Por essa época o Brasil era já um país independente, foi então que cheio de saudades da sua sua pátria escreveu este texto, numa época em que em Pernambuco, as coisas iam bem. Em 1844, na Assembleia Provincial de Pernambuco, propõe-se que “se expulsem da cidade (ou da província) todos os portugueses solteiros”- (E Bernardino era solteiro).

Em 1847 arruaceiros espancaram pelas ruas da cidade “quantos portugueses encontravam ou que supunham tais”. Foram esses espancamentos que o levaram a incentivar seus conterrâneos a fundarem um colónia bem longe dali, onde tremulasse a bandeira portuguesa, e onde todos juntos pudessem em paz viver e trabalhar: MOÇÂMEDES !

Em 1849, tinha Bernardino 40 anos de idade, quando a Tentativa Feliz  capitaneada pelo brigue Douro, atravessando o oceano, levou-o e aos  165 companheiros para Moçâmedes, onde teve um papel de relevo nesses momentos primordiais da fundação, e onde acabou os seus dias.

Sabe-se que à chegada houve recepção de boas vindas, discurso oficial pelo governador do distrito na presença dos sobas Mossungo e Giraúl e da maior parte dos colonos. Ficaram alojados em barracões construídos de pau a pique, cobertos de palha e amarrados com mateba ou cordas de cascas de árvores. E que Bernardino seguiu para Luanda no dia seguinte a fim de apresentar cumprimentos ao governador geral, tendo a 21 de Outubro procedido à instalação, no Vale dos Cavaleiros, dos engenhos de açúcar, com cerimónia às 7 da manhã em que foi içada a bandeira portuguesa, na presença do governador do distrito, e com uma salva de 21 tiros, seguida .  houve arraial com largada de foguetes, seguida de almoço e jantar em barracas improvisadas.

Bernardino ergueu a sua habitação no Sítio da Bandeira, (designação que ficou na tradição popular), no Vale dos Cavaleiros.

No dia 13 de Outubro foi investido num cargo no Conselho Colonial de Moçâmedes. Interessado em tudo conhecer, tudo avaliar, tudo projectar, fez viagens de estudo, contactou sobas, colaborou com as autoridades,subiu e desceu a Chela, viajou até ao Cunene, este homem da rija têmpera dos "barões assinalados"apostado no 

Mas a natureza não se compadeceu dos recém-chegados. Uma estiagem de 3 anos secou as terras, perdendo-se todas as sementeiras. A 1ª. colónia luta com falta de tudo, desde alimentos a vestuário. A situação é desesperada. Alguns opinam mudar a colónia e comentam: "Antes fôssemos mortos em terras de Pernambuco, quando estávamos sentados junto às panelas cheias de carne e comíamos pão com fartura, em vez de padecer com fome neste deserto." Bernardino mantém-se firme e lança a máxima: "Vence quem perseverar até ao fim".
O governador do distrito ante a desesperada situação faz um apelo à solidariedade em Luanda e em Benguela, promovido pelas respectivas câmaras municipais. Os víveres, vestuário, dinheiro e outras ofertas chegam finalmente a Moçâmedes. A situação vai normalizando. Em 26 de Novembro de 12950 entra na baía de Moçâmedes um segundo grupo de colonos, trazidos pela Barca Bracarense, chefiada pelo mesmo Brigue Douro. Estes a expensas suas igualmente direccionados para a  agricultura em Moçâmedes, e  chefiados por José Joaquim da Costa. A pesca foi  outro ramo ao qual se dedicaram naquela terras onde cardumes do pescado entravam
 baía a dentro e vinham dar à praia. Aprenderam a escalar e a secar o peixe, jogando mãos a deetentores dessa técnica que haviam tabalhado na primeira feitoria de Moçâmedes montada em 1939 pelo olhanense Cardoso Guimarães.

Bernardino orgulha-se destes seus companheiros de colonização, o maior exemplo de perseverança em toda a Província, aqueles a quem ele exortou para que conseguiram vencer as adversidades e o deserto. e nunca desistissem nesses primeiros tempos em que a natureza não se compadeceu dos recém-chegados, com uma estiagem de 3 anos que lhes ressecou as terras, levando à  perda as primeiras sementeiras.

O rápido crescimento da povoação é contemplado coma elevação a vila por decreto de 26 de Março de 1855. Em 1857 já existiam 16 pescarias onde trabalham 280 escravos recuperados aos navios negreiros por brigadas inglesas e portuguesas que patrulhavam a costa, após o decreto da abolição do tráfico de escravos que escoava para o Novo Mundo.
Quando no dia 4 de Agosto de 1859, festejaram o 10º aniversário da 1ª colónia já ali havia 83 propriedades agrícolas espalhadas pelas margens do rio Bero, Giraúl, no Bumbo, em S. Nicolau, no Carujamba, no  Coroca, e 
 na Huíla.

O sonho do Barão de Moçâmedes, Luz Soriano e Sá da Bandeira, de fixar populações nas regiões a sul de Benguela tinha se concretizado, graças  à liderança forte de Bernardino, que também se empenhou na abolição da escravatura. Bernardino bateu-se e até ganhou alguns inimigos. Escreveu em 1857: "os poucos pretos com quem trabalho, podem hoje ser livres porque continuarão a ser úteis. Eduquei-os com boas maneiras e não com castigos bárbaros e por isso não me fogem e vivem satisfeitos. Não me agrada a distinção entre escravos e libertos, nem a admito na minha fazenda. Todos são agricultores com iguais direitos e obrigações".

 Em 1858 foi decretado que dali a 20 anos  não poderia haver escravos. Em 1869, foi abolido o estado de escravidão.

Como memória visual de Bernardino resta um  quadro a óleo no salão nobre da Câmara Municipal. Até 1975  existia um busto seu implantado sobre uma coluna a meio da Avenida de Moçâmedes ali colocado na d´cada de 1950. 

Sabe-se que Bernardino faleceu no dia 14 de Novembro de 1871, aos 62 anos de idade, no regresso de uma viagem a Luanda para onde se tinha deslocado em serviço da comunidade. Desconhece-se  o local onde foi sepultado. Outros opinam que se encontra sepultado algures junto a um muro da Quinta dos Cavaleiros, sítio da Bandeira. Não deixou fortuna. Morreu pobre e endividado. Sabe-se também que a Quinta dos Cavaleiros foi assolada por três devastações, e que  este homem que todos reconhecemos como o fundador de Moçâmedes, nunca teve o reconhecimento que merece. As autoridades portuguesas não  prestaram a homenagem merecida a este homem sério, inteligente, culto, cheio de iniciativa e empreendedor, que não admitia escravos na sua fazenda, que sofreu ainda em vida várias devastações à sua Quinta, e que chegou mesmo a ser ostracizado pelas autoridades da terra. 

Mas o povo nunca o esqueceu e lá estava o 04 de Agosto de cada ano  para o lembrar. Assim o demonstrava a claque que acorria ao velho campo de futebol de terra batida, no fundo da Avenida quando em  uníssono invocava  o nome de BER...NAR...DI...NO, BER...NAR...DI...NO, para que a sua alma ajudasse a alcançar a vitória. Vitória que era sempre conseguida nas competições interselecções .

A história da vida de Bernardino não pode nem deve ficar perdida  em meio a um conjunto de papéis
imprestáveis nas prateleiras de algum arquivo oficial, ou das colecções de alfarrabistas.

Gostaríamos de acreditar que escrevendo e publicando sobre Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro não estaremos a fazê-lo em vão, e que um dia a História  possa trazer de volta o seu nome
 como exemplo de fé, inteligência, perseverança, dignidade, honradez, trabalho, iniciativa, fidelidade à palavra dada, qualidades de que a nossa humanidade tanto carece.


MariaNJardim


Publicada por MariaNJardim à(s) sexta-feira, abril 12, 2019 Sem comentários:
Etiquetas: 28 de Maio em Moçâmedes; Namibe; Angola;, Bernardino Freire de Figueiredo Abreu e Castro; Pernambuco; Brasil; Mossâmedes
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"Sem a História nós estaríamos em um eterno recomeço, não teríamos como avaliar os erros do passado, para não errarmos novamente no futuro".

(Rafael Hammerschmidt)

"Resiliência é a capacidade de transformar o trauma em crescimento, o sofrimento em competência"

Adalberto Barreto

Chamavam a esta foto o "Selo de Povoamento":Ermelindo Costa, Arménio Jardim e José Espirito Santo

Chamavam a esta foto o "Selo de Povoamento":Ermelindo Costa, Arménio Jardim e José Espirito Santo

Uma coisa eram as LEIS, outra coisa eram as PESSOAS. Não se pode meter tudo no mesmo saco.

Uma coisa eram as LEIS, outra coisa eram as PESSOAS. Não se pode meter tudo no mesmo saco.
MOMENTOS DE UMA COLONIZAÇÃO. FOTOS DIZEM MAIS QUE PALAVRAS. A MINHA FILHA E UMA AMIGUINHA EM MOÇÂMEDES. ANO 1970. Proibida a reprodução.

FOTOS DIZEM MAIS QUE PALAVRAS...

FOTOS DIZEM MAIS QUE PALAVRAS...
Momentos de uma colonização. Convivendo em harmonia com povos autóctones que persistiam em viver de acordo com seus ancestrais usos e costumes, os mucubais. Anos 1960, Deserto do Namibe, em Moçâmedes. Foto de João Thomás da Fonseca..Proibida a reprodução.

Fotos dizem mais que palavras...

Fotos dizem mais que palavras...
Momentos de uma colonização. Convivendo em harmonia com povos aportuguesados "quimbares", na Baía das Pipas, 1950. Cedida por Ascenção Bacharel. Proibida a reprodução.

Himbas da minha autoria

Himbas da minha autoria

Himbas da minha autoria.

Himbas da minha autoria.

Himbas da minha autoria.

Himbas da minha autoria.

Moçâmedes e Deserto do Namibe na ponta do lápis... (desenhos by MariaNJardim)

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Deserto do Namibe

Desenhos de MariaNJardim: Moçâmedes/Namibe, Praia das Miragens by me

AVISO


Este blog é dedicado a um grupo muito particular de pessoas, ou seja, a todos aqueles que viveram em Moçâmedes, Angola, até 1975. É na prática um "álbum de recordações" que lhes permite
revisitar o passado através de textos de minha autoria e não só, e de fotos que muitos julgavam perdidas para sempre, na barafunda da partida. São centenas e mesmo milhares de fotos, grande número das quais partilhadas entre moçamedenses, outras retiradas dos meus álbuns e de álbuns de amigos e digitalizadas para o efeito, que não podem nem devem ser daqui retiradas por aqueles a quem este assunto não diga respeito, para serem publicadas em outros sites, blogs, etc, e muito menos para publicações que tenham em vista fins lucrativos, excepto com a autorização daqueles a quem as mesmas pertencem, incorrendo em falta grave quem assim proceder. Aos interessados pela História de Moçâmedes, hoje Namibe, convido-os a visitarem o blog "Mossâmedes do Antigamente". Aos interessados no Desporto, indico o "Moçâmedes, Memórias Desportivas". Aos que gostam de fotos e postais antigos, uma visitinha ao "Fotos e Postais Antigos do Namibe". Poderão ainda ver fotos de encontros mais recentes em "Encontros e Reeencontros", e fotos e postais antigos de Moçâmedes em "Fotos e Postais de Moçâmedes. Basta pôr no Google cada uma destas referências. Muito obrigado!

A autora do blog




"Vivíamos tão protegidos do resto de Angola e do mundo em redor, que estávamos sentados num barril de pólvora e sentíamo-nos num paraíso. Quando o barril de pólvora rebentou, tudo foi súbito, devastador, um tiro nas costas. O destino errado como uma corda ao pescoço."

Dragon's Quest blog




"Resiliência é a capacidade de transformar o trauma em crescimento, o sofrimento em competência"

Adalberto Barreto



Valeu a pena?
Sim, tudo vale a pena,
Se a alma não é pequena.
Quem passar além do Bojador,
Tem que passar além da dôr.

Fernando Pessoa




Ser angolano é meu fado,é meu castigo.
Branco eu sou e pois já não consigo
mudar jamais de cor ou condição...
Mas, será que tem cor o coração?

Ser africano não é questão de cor,
é sentimento, vocação, talvez amor.
Não é questão nem mesmo de bandeiras,
de língua, de costumes ou maneiras...

A questão é de dentro, é sentimento,
e nas parecenças de outras terras,
longe das disputas e das guerras,
encontro na distância esquecimento!

Neves e Sousa (Pintor e Poeta Angolano)


Desenhos de MariaNJardim: "Himbas by me"

Himbas by me

Desenhos de MariaNJardim: "Himbas by Me"

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Desenhos de MariaNJardim: "Himbas by me"

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Desenhos de MariaNJardim: "Himbas by Me"

As minhas pinturas: série HIMBAS

Desenhos de MariaNJardim: "Himbas by Me"

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Desenhos de MariaNJardim: "Himbas by Me"

As minhas pinturas

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GENTE DA MINHA TERRA

Desenhos de MariaNJardim: "Himbas by Me"

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Desenhos de MariaNJardim: "Himbas by Me"





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"Vivíamos tão protegidos do resto de Angola e do mundo em redor, que estávamos sentados num barril de pólvora e sentíamo-nos num paraíso. Quando o barril de pólvora rebentou, tudo foi súbito, devastador, um tiro nas costas. O destino errado como uma corda ao pescoço." In Dragon's Quest blog




Nota: Caso haja neste blog algo que não possa ser publicado por imperativos legais, solicita-se ao detentor dos seus direitos que comunique o fato. Será imediatamente retirada.
MariaNJardim



O meu olhar ...

O meu olhar é nítido como um girassol...

Tenho o costume de andar pelas estradas,
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez en quando, olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes tinha visto.
Eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial,
Que tem uma criança se,
ao nascer reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
para a eterna novidade do mundo!

Alberto Caeeiro




ÁFRICA MINHA CANTORA

Guitarra, que estás tocando ?
Não vês a cor do luar ?
Não vês a cor do Sertão ?

Não vês a erma magia
Romântica Tentação
Desta Angola que nos criou
E nos toca o coração ?

Repara a ganga infiltrando
Em selvagem natureza
O feiticeiro espeldor ;

Ouve o cantar das viuvinhas,
Dos chacais ouve os latidos ;
Vê o clarão das queimadas
E o romper das madrugadas
Em quadros belos... perdidos...

Guitarra, que estás tocando
Nesta noite de luar ?
Não vês para além das chamas
As mucaias a gingar ?
Olha as sombras africanas
Bricando sob o palmar...

Ouve o rugir do leão
Ouve o chorar duma hiena
E verás quão bem pequena
É tua voz no Sertão !

E quando vires o manto
Do grande Zaire entre as relvas...
Pára guitarra teu canto
E deixa cantar as Selvas


Uma abraço
Massemba/glória

Autor:
Eduardo Brazão-Filho
1972





Poema


O destino plantou-me aqui
e arrancou-me daqui.
E nunca mais as raízes me seguraram
bem em nenhuma terra.

Ter um destino
é não caber no berço onde o corpo nasceu,
e transpor as fronteiras uma a uma
e morrer sem nenhuma.

Miguel Torga








Valeu a pena?
Sim, tudo vale a pena,
Se a alma não é pequena.
Quem passar além do Bojador,
Tem que passar além da dôr.

Fernando Pessoa



Meu pai respondeu:
- Ninguém é de uma raça.
As raças- disse ele -
são fardas que vestimos.

MIA COUTO


Colégio de Nossa Senhora de Fátima em Moçâmedes. Anos 1950. Foto de Teresa Carneiro


Portugal, talvez por ser um país pequeno e sem grandes recursos, talvez por ter seguido uma governação característicamente colonial, sempre entregou a escolarização dos africanos às missões religiosas, sobretudo aqueles que viviam afastados das cidades, nas regiões do interior. Nas cidades o ensino dos africanos ia acontecendo, mas sem uma obrigatoriedade escolar devidamente legislada, sendo muitos os que fugiam à escolarização. Estudavam em escolas públicas normais os considerados "assimilados" ou seja aqueles cujos pais não eram considerados indígenas porque haviam adquirido a cultura portuguesa. Foi a partir de 1961, que as coisas em Angola começaram a mudar mais aceleradamente em favor dos africanos, e aconteceu a explosão do ensino, a presença de crianças nas escolas estava finalmente a aumentar, embora fosse desejável mais, mais, e muito mais, devido à situação de atraso civilizacional em que a maioria se encontrava.

O triunfo no ensino foi obtido com o programa "Levar a Escola à Sanzala". Todos os povoados importantes passaram a estar apetrechados com centros de saúde, escola primária (incluindo carteiras, acrescente-se), e com os professores recebendo os seus salários todos os fins de mês. A revolução operada no ensino primário teve repercussão internacional. Sublinha o prestigiado "The Economist" que de 1961 a 1963 o número de africanos beneficiando de escolarização duplicou, comentando que "não podendo os alunos irem à escola, a escola vai agora até eles". Também o Centro de Estudos Estratégicos da Universidade de Georgetwon, em Washington, assinalou a africanização dos livros escolares, e o desejo neles patente de inculcar o espírito do multi-racialismo.

Verdade se diga, nunca os portugueses desenvolveram em relação aos africanos esses sentimentos de superioridade racial que na vizinha África do Sul conduziu ao apartheid. E sempre que a governação emanava legislação favorável à elevação os africanos, essa legislação era recebida por nós com satisfação . Até 1975, praticamente não tinhamos contactos com o Sudoeste Africano, nem com a Africa do Sul, apesar de aparentemente próximos, um vasto deserto nos separava. Não obstante nunca termos recebemos a mínima influência do apartheid, notícia errada e perversamente difundida andou por aí a tentar justificar uma influência/proximidade que nunca existiu. Fotos dizem mais que palavras...

[Alunos Escola Paiva Couceiro Professora Maximina 1945[16].jpg]


Alunos em frente da Escola Paiva Couceiro nº 45 com a Professora Maximina, datada de 1945. Retirado DAQUI

ano loectivo 67 -68 copy


Fotos dizem mais que palavras. Turma de alunos da Escola Primária Paiva Couceiro. Retirado DAQUI

Joana
Fotos dizem mais que palavras. Turma de alunos de uma Escola Primária Caluquembe- Paiva Couceiro. Retirado DAQUI

CULTURA, EDUCAÇÃO E ENSINO EM ANGOL

Ver tb AQUI, e AQUI


[Eu,+Betinha+e+Gracietinha+no+mirante.jpg]

Foto do meu album. Eu, MariaNJardim, entre duas amiguinhas a olhas a nossa terra, a partir do autêntico miradouro que é a Ponta do Pau do Sul. Foto de 1955
,


O meu olhar ...

O meu olhar é nítido como um girassol...

Tenho o costume de andar pelas estradas,
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez en quando, olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes tinha visto.
Eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial,
Que tem uma criança se,
ao nascer reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
para a eterna novidade do mundo!

Alberto Caeeiro

Naturalidade

Europeu, me dizem.
Eivam-me de literatura e doutrina
europeias
e europeu me chamam.

Não sei se o que escrevo tem raiz a raiz de algum
pensamento europeu.
É provável... Não. É certo,
mas africano sou.
Pulsa-me o coração ao ritmo dolente
desta luz e deste quebranto.
Trago no sangue uma amplidão
de coordenadas geográficas e mar Índico.
Rosas não me dizem nada,
caso-me mais à agrura das micaias
e ao silêncio longo e roxo das tardes
com gritos de aves estranhas.

Chamais-me europeu? Pronto, calo-me.
Mas dentro de mim há savanas de aridez
e planuras sem fim
com longos rios langues e sinuosos,
uma fita de fumo vertical,
um negro e uma viola estalando.

Rui Knopfli




POVEIROS EM PORTO ALEXANDRE (TOMBWA)

[PDF]

Fortis-000062E8.MAG



DESERTO

Cruzei tuas areias tantas vezes sem destino
Pasmei com a beleza agreste dos teus cactos
Nas tuas dunas fui solitário peregrino
Saciei a minha sede nos teus odres fartos

Dos alcantilados desnudos e arenosos
Dourei-me em poentes e mágicas auroras
Mergulhei no oceano meus olhos temerosos
Banhei-me em tuas águas sulfurosas.

Figuras monumentais, formas estranhas
Esculpidas pelos ventos cortantes erosivos
Escorpiões, lagartos coloridos e aranhas
Esgueirando-se ligeiros, prudentes e esquivos

Ágatas de mil cores colorindo o teu regaço
Arcos, gargantas e grutas majestosas
Fendido por rios aluviónicos o teu espaço
Florindo com a escassa chuva, a erva formosa

E à noite quando as estrelas brilham mais
Sentado ao calor das fogueiras na negrura
Ouviam-se histórias antigas de gado e mucubais
Evocando a terra do mel do leite e da fartura

E então nas madrugadas calmas, sonolentas
Aguardando do sol o cálido beijo matinal
Dissolvendo as neblinas, rasteiras, friorentas
Perante os meus olhos o meu deserto universal.

Dias de Sousa

Algarve

LIVRO "O CAÇADOR DE BRUMAS" Iº CAP

MP.CRUZEIRO GAGO COUTINHO 1959

L

  1. RECORDAÇÕES DO LICEU DIOGO CÃO, DO REINO DE ...Visualização rápida
  2. BLOG KIMBARES
  3. SITE DE CARLOS DUARTE

Himba by MariaNJardim em 2011

Experiências a lápis de côr ao serão..., com direitos de autor


A quem eventualmente pretender retirar daqui algo para os seus blogs, sites, para o facebook, etc, pede-se que não esqueça de dar a este blog os devidos créditos.


MariaNJardim





Era só plantar


Banana; abacaxi; manga; maracujá;
anona; pitanga; maboque; goiaba;
e muitos mais,
era só plantar, que a terra dava.
Batata; milho; feijão; mandioca;
arroz; tomate; pêra abacate;
e muitos mais,
era só plantar, que a terra dava.
Pargo; pescada; cherne; carapau;
garoupa; lagosta; camarão;
e muitos mais,
era só pescar, que o mar dava.
Veados; olongos; pacaças;
Palancas; javalis; impalas; gnus;
e muitos mais,
era só caçar, que a savana dava.
Amizade; fraternidade; solidariedade;
E muito mais,
era só abrir a porta, que logo entrava.

São Tomé Amora
in site Os Confrades da Poesia


Costa dos Esqueletos video


A PROPÓSITO DE SAUDADES E DE SAUDOSISMOS
"...Nossa performance na vida é determinada não apenas pelo QI, mas principalmente pela inteligência emocional. Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a inteligência emocional – ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a inteligência emocional aumenta – e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre ambas." Daniel Goleman
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HIMBAS: experiências a lápis de côr, ao serão...

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RODOPIO


Sou um pássaro sem asas

que estranhamente voa

entre o certo e o incerto

no reino do sem sentido

onde dúvidas percorrem

os caminhos transversais

em circuitos de acaso

nessas verdades que morrem

e nascem uma vez mais

como fénix caída

dos verdes jardins suspensos

em contos orientais.


in Cantos do Crepúsculo (Poema 48),

Lisboa, 2010, Edições Colibri.


SABER SER

Saber ser

é saber estar

na arte difícil

de viver

sem renegar...

in Cantos do Crepúsculo (Poema 58),

Lisboa, 2010, Edições Colibri.





VIDEO "QUANDO EU FUI A BENGUELA" POR ÁFRICA TENTAÇÃO






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É expressamente proibido retirar algo deste blog tendo em vista fins lucrativos.


CONTADOR DESDE 7 DE ABRIL DE 2008

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“A pátria não são as bandeiras, nem os hinos, mas um punhado de lugares e de pessoas que povoam nossas lembranças e as tingem de melancolia” – Mário Vargas LLosa, no discurso de aceitação do Prémio Nobel da Literatura 2010.

1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.

2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura!


"Tenho lido com alguma frequencia que Angola era uma terra cheia de oportunidades, o que realmente é verdade, não deixa contudo de ser puro engano dizer-se que bastava alguém ser bom trabalhador para enriquecer. Li recentemente um livro cujo autor diz ter vivido alguns anos em Angola e espanta-me que também ele ajude a passar esta idéia enganadora. Embora seja um romance e por isso à partida classificado de pura ficção, não deixa contudo de cair neste erro. Lê-se ali que um casal chegado a Luanda, em pouco tempo já tinha negócios espalhados por toda a cidade e logo a seguir pelas principais cidades de Angola, isto sem falar da compra de uma "casa" na Vila Alice. Não espantava se esse casal fosse endinheirado e procurasse Angola para investir, o que não é o caso. Por vezes parece que existem duas Angolas diferentes, aquela que eu e a maioria conhecemos e uma outra, onde se chegava e se encontrava prontamente uma "àrvore das patacas" e se enriquecia duma hora para a outra. Eu nasci em Angola e embora houvesse diferenças de classes como na maioria dos países, a verdade é que era necessário muito trabalho para se viver com algum desafogo e a maioria pode atestar que também não dava para se fazerem muitas "avarias". Assim, das duas uma, ou eu e muitos outros fomos pouco inteligentes e nunca soubemos ver os "grandes negócios", ou simplesmente nunca encontramos a tal " árvore das paracas". É bom que se diga a verdade, era uma linda terra, um povo hospitaleiro e humilde, mas quem começasse do nada como o meu pai e muitos outros que ali chegaram na década de 50, mesmo com muito trabalho, nunca chegaram a ter essa tal vida faustosa que se encontram ilustradas nalguns romances. Lá como cá, se houvesse respeito pelo "próximo", creio que as oportunidades eram iguais! Facra Rone in Cubatangola ªªªª Fuga de Angola através do Deserto do Namibe

Muxima, Homenagem a Duo Ouro Negro



Africa natureza (video)

Zé Manel Martins "Moamba de Galinha"





Sim, este blog fala de SAUDADE!
E porque não?

SAUDADE não é Saudosismo,
termo de conotação negativa que reflecte o desejo, assaz interesseiro,
de retorno a um passado que o devir da História deixou para trás.

SAUDADE é sentimento puro!
Desinteressado!
Talvez, por isso, difícil de ser entendida por quem não a sente,
e porque não a sente, n'ela não crê!

"A casa da SAUDADE chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração." (*)

17.07.2011
MariaNJardim

(*) frase de Henrique Maximiliano Coelho Neto - Romancista e contista brasileiro - 1864/ 1934.


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"Porque metade de mim... é a lembrança do que fui e a outra metade... é saudade!"

Ferreira Gullar

Se te interessas pela História de Moçâmedes, clica
AQUI
Reportagem histórica com fotos da VISITA DO CHEFE DO ESTADO OSCAR DE FRAGOSO CARMONA A MOÇÂMEDSES, em 1938
DESERTO NAMIBE (VIDEO)
ATENÇÃO: HÁ FOTOS DO ENCONTRO NO RESTAURANTE CAMELO NA LOURINHÃ (clicar para abrir, e quando chegar ao fim da pg. clicar em continuar...)
Se nasceu ou viveu em Sá-da-Bandeira (Lubango), Bela Vista, Silva Porto, Dondo, nos anos 1930-1940-1950, ou teve familiares que alí viveram, se pertence às famílias Brunido, Pereira, Costa e outras, e veja este extraordinário slideshow da família Rodrigues, clicando AQUI . Poderá ter surpresas agradáveis!
VÊR: FOTOS E POSTAIS DE MOSSÂMEDES DO ANTIGAMENTE


ÍNDICE DESTE BLOG
(clicar sobre o nº da pg.)

PG.INICIAL
2ª PG 12ª PG 22ªPG 32ªPG
3ª PG 13ªPG 23ªPG 33ªPG
4ª PG 14ª PG 24ªPG 34ªPG
5ª PG 15ª PG 25ªPG 35ªPG
6ª PG 16ª PG 26ªPG 36ªPG
7ª PG 17ª PG 27ªPG 37ªPG
8ª PG 18ª PG 28ªPG 38ªPG
9ª PG 19ªPG 29ªPG 39ªPG
10ªPG 20ªPG 30ªPG 40ªPG
11ª PG 21ª PG 31ªPG 41ªPG

OS MEUS BLOGS DEDICADOS A MOÇÂMEDES (ACTUAL NAMIBE)

. Mossãmedes do Antigamente
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OS MEUS BLOGS DE OUTRAS TEMÁTICAS

. MEU BLOG DE ARTE
. DECORAR COM GOSTO


«O meu objectivo é colocar no papel o que vejo e o que sinto da forma mais simples e melhor.»

Ernest Hemingway


1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.


Constituição da República Portuguesa, Artigo 37.

Filme giro e muito bem conseguido. Só peca porque afirma uma não verdade. A Fortaleza de Moçâmedes nunca foi depósito de escravos que alí aguardavam o embarque em navios negreiros para o exterior.

Esta fortaleza foi construida após 1844, alguns anos depois da publicação do decreto da abolição do tráfico de escravos, em 10 de Dezembro de 1836.

Poderia ter sido, talvez, depósito temporário de escravos libertados de navios negreiros clandestinos apresados por patrulhas maritimas, e que, na condição de «libertos», espécie de semi-escravos, eram distribuidos por zonas de Angola onde se fazia sentir a falta de trabalhadores, de acordo com o novo paradigma colonial de ocupação povoamento e desenvolvimento do território nos termos da Conferência de Berlim (1884-1885).

Por Mossãmedes passava nessa altura toda uma problemática ligada à urgente definição de fronteiras, daí a importância da zona, considerada próxima do sudoeste africano, cobiçada por alemães.

Um pouco da História de Mossãmedes AQUI


Deixem que vos mostre a minha terra,
na sua imensidão, na sua grandeza
ímpar e na mais espectacular beleza de vida,
sã e primitiva, que ela encerra...


Para ver centenas de fotos, clicar também AQUI)


Filme publicitário sobre o Namibe



Não se fique pela 1ª página, caro visitante. Este blog tem muito mais para ver e lêr. É só clicar em messagem antiga, no final de cada página.




Nunca pensei que os "olhos do meu coração, no dizer de S. Paulo, revelassem pormenores por mim julgados completamente esquecidos...

............


«O raio e o trovão precisam de tempo, a luz dos astros precisa de tempo, as acções dos homens precisam de tempo para poderem ser vistas e ouvidas»


Nietztche

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«Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você as dizer.»..

VOLTAIRE

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O Palácio-residência do Governador e a Igreja Paroquial de Santo Adrião, dois dos mais antigos edifícios da cidade





A Saudade e o Saudosismo

Ontem um amigo telefonou para dar notícias. Dizer que tinha lido o blogue. Eu não estava. Deixou recado. Que estava giro, mas que "são saudosistas"(nós , os que aqui escrevemos, que damos o nome e as caras, para quem se lembra de nós)

É uma velha questão esta do saudosismo. Uma vezes, chama-se apenas saudade. Outras , saudosismo. É saudade quando alguém fala da sua infância, da sua adolescência, da sua juventude, ocorrida em locais sem anátemas. Para quem nasceu em Lisboa, vive em Lisboa e só daqui saiu para, por exemplo, ir à tropa ou a umas férias no Algarve, pode, à vontade, recordar. O bairro, a professora, a árvore frondosa, o polícia simpático, o guarda-nocturno.

Já os outros que nasceram ou cresceram longe, têm que fingir e esquecer. Sobretudo se , entretanto, a terra mudou de donos. Recordar é pecar!

O conceito de saudade é complicado e, na maior parte das vezes, tem um conotação negativa. Não é o que se passa aqui. Quando recordamos, valorizamo-nos porque nos completamos, porque não esquecemos.

Não somos saudosistas porque não queremos que nada volte para trás, não queremos que nada volte a acontecer. Aconteceu e nós, agora, interpretamos. Somos capazes de dar o nosso próprio retrato de realidades que aconteceram e nos alegraram ou entristeceram, que nos fizeram viver.

Pela minha parte não abdico da minha vida. Mesmo da que passou.

Posto isto, continuemos: prometo para o próximo post uma estória com o Irmão Celso, dos Maristas.

Publicada por Leston Bandeira in Africander

....................


"Que seria de nós
se não tivéssemos memória?...
Esqueceríamos as nossas amizades,
os nossos amores, as nossas lutas,
os nossos trabalhos. (...)
A nossa existência reduzir-se-ia
aos instantes sucessivos
do momento actual
que foge sem cessar.
A nossa vida é tão vã que, no fundo,
ela não é mais que o reflexo
da nossa memória."


Chateaubriand




Viviamos no quadro do de um regime colonialista, de ditadura, mas uma coisa era o regime outra eram as pessoas. Confundi-lo é não querer compreender, é escamotear a realidade dos factos. Viviamos no quadro do de um regime colonialista, de ditadura, mas a maioria de nós não tínhamos mentalidade colonialista, e isto é uma verdade inquestionável. Uma coisa era o "sistema", outra coisa eram as pessoas. E enquanto continuarmos a colocar tudo e todos no mesmo saco, não conseguiremos nunca compreender nada, seremos redutores e injustos nas nossas apreciações.

O "sistema" instituído cindiu as pessoas de acordo com a côr da pele, sem dúvida! Ergueu entre elas barreiras dificilmente transponíveis, criou o "indiginato" criou o "estatuto de assimilado". Fez tudo isso sem consultar a população branca, uma sector da população que politicamente estava longe de ser esclarecido. O "sistema" enveredou por essa via para manter o controlo sobre a população negra que era numericamente esmagadora, e ai daquele branco que tivesse a ousadia de o criticar. O poder tinha o seu programa para as colónias de África, centralizado no Terreiro do Paço, os Governadores Gerais não possuíam a mínima autonomia. Até 1961, Universidade em Angola nem pensar, poderia desencadear algo de subversivo. Quando nesse ano estalaram problemas no norte de Angola e zonas fronteiriças, e teve início a luta armada, o Governo procurou remediar o tempo perdido através de avanços económicos mais ousados e o lançamento de todo uma série de infraestruturas necessárias, incluso ao nível dos estudos superiores, porém a este nível isto não aconteceu sem que Venâncio Deslandes, o Governador, e o Professor Adriano Moreira, Ministro do Ultramar, logo no ano seguinte aos seus mandatos acabassem demitidos, devido às suas ousadias.

Nos anos 1950, os brancos nascidos em Angola eram considerados "brancos de segunda" ou euro-africanos, para que não pudessem ascender a determinados cargos públicos na administração do território, competindo com os reinóis, os brancos nascidos no reino. Eram olhados com suspeição! O trauma da independência do Brasil, estava sempre presente.

Moçâmedes só teve o seu Liceu em 1961, nesse fatídico ano em que tudo começou a mudar. Até então, em termos educacionais, dominava a ideia de que para as gentes de Moçâmedes, voltadas que eram para as coisas do mar, bastaria uma escola Técnico-Profissional, que estaria mais de acordo com as suas necessidades. Os moçamedenses não podiam prosseguir para estudos superiores. Nem o 5º ano da Escola Industrial e Comercial, dava equivalência ao 5º ano liceal , nem possuiam Liceu para o frequentar, excepto se se deslocassem para o Liceu Diogo Cão em Sá da Bandeira, ou similar. Os estudantes em Angola não possuíam uma Universidade. Não convinha um grau de instrução elevado para as pessoas do Ultramar. Só aqueles que tinham posses e podiam mandar os filhos para uma Universidade na Metrópole podiam realizar o sonho.

Os jovens saiam de Moçâmedes, o mesmo é dizer de Angola, completamente despolitizados. A censura prévia chegou a interditar até o acesso aos livros de Jorge Amado, na única Biblioteca existente, a Biblioteca do Ferrovia, considerados subversivos. Por isso a Casa dos Estudantes do Império na Metrópole depressa se tornou num alfobre de estudantes das colónias oposicionistas ao regime, que acabaram por ter que debandar do país para não serem metidos nas cadeias da Pide.

Não é sério abordar a problemática do colonialismo através de compartimentos estanques, colocando de um lado portugueses, do outro africanos, fazer dos colonos os "bodes expiatórios de todos os males", ignorando propositadamente aspectos como estes que tocaram um pouco a todos, ainda que em aspectos e em proporções diferentes. Bastante diferentes!





TER UM DESTINO


O destino plantou-me aqui
e arrancou-me daqui
E nunca mais as raízes
me seguraram bem em nenhuma terra

Ter um destino

é não caber no berço onde o corpo nasceu,
e transpor as fronteiras uma a uma
e morrer sem nenhuma.

Miguel Torga..................
[welwitschia+2.jpg]
Welwitschia Mirabilis

Na desolada solidão enorme
Do Kalahari rasteja esta planta
Que em seu aspecto único, disforme,
Umas vezes me enerva, outras me encanta

Tem a aparência de um polvo gigante
Fossilizado sob o solo ardente
Que é hoje areia em fogo calcinante,
E foi fundo marinho antigamente

As folhas largas, contorcidas,
Parecem traduzir a sede, a mágua,
De línguas abrazadas, estendidas
Num desespero a ver fugir a água

Eu estremeço, quando a noite desce,
Ao ver aquela massa desgrenhada
Que me congela o sangue e me parece
Uma cabeça fria, decepada

Cabeça do Baptista sobre o prato,
De prata, que o luar funde na areia,
Cabeça de Holoformes ainda cheia,
De luxúria e de horror do assassinato

Furtado d'Antas

(Composição lírica publicada pelo semanário Mossãmedes de 1 de Janeiro de 1938)




Ainda é cedo...

«O raio e o trovão precisam de tempo, a luz dos astros precisa de tempo, as acções dos homens precisam de tempo para poderem ser vistas e ouvidas»


Nietztche

"É ESCUSADO. NÃO POSSO TER OUTRO PARTIDO SENÃO O DA LIBERDADE" MIGUEL TORGA

A todos os que souberam amar Angola, e foram muitos...

VIDEO ANGOLA Nr. 1 (impressionante reencontro em Caluquembe)
VIDEO ANGOLA Nr. 2 (impressionante reencontro em Caluquembe)

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Clicar para ver:

DESPORTO MOCAMEDES

MOSSÂMEDES ANTIGAMENTE

FILME ANTIGO DE SA-DA-BANDEIRA (LUBANGO)
(Muito completo)

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  • LIVROS E OUTROS ESCRITOS DIGITALIZADOS
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Por onde andam as gazelas do espelho de agua da Avenida do Namibe? (Clicar na foto para ver...)
....

Acabadas de chegar 70 fotos recentes da cidade do NAMIBE (ex-Mocamedes). Clicar AQUI para ver

......


Mora a Welwitschia no ermo solitário
A flor de Angola, dum areal do Sul,
Braços coleantes sob o céu azul,
A flor da sede, em prece num calvário...

A estranha raridade vegetal
Será, talvez, num velho mar extinto,
Um polvo exótico, ou a aflor do mal,
vencendo a morte no rigôr do instinto...

Seja o que fôr, estrela, monstro ou flor
Eu sinto-lhe nos braços revoltados
A trágica expressão da imensa dor,
Talvez, de belos sonhos destroçados...

Eu penso que a welwitschia exilada
No seu mundo de sede e solidão
É irmã de tanta alma torturada,
Que anda sózinha em meio à multidão...

Furtado d'Antas

Composição lírica publicada no semanário Mossãmedes, 1 de Janeiro de 1938





Deixem que vos mostre a minha terra, na sua imensidão, na sua grandeza ímpar e na mais espectacular beleza de vida, sã e primitiva, que ela encerra... (clicar AQUI)) .........

CRIANÇAS DO NAMIBE FESTEJAM O NATAL CRISTÃO

CRIANÇAS DO NAMIBE FESTEJAM O NATAL CRISTÃO

"O GRANDE POEMA" "Este é o poema que eu escrevi Para as crianças da minha terra !... Para as crianças negras, e brancas, e mestiças, sem distinção de cor... comungando o Amor que as unirá... Este é o poema que eu escrevi a sonhar... de olhos perdidos no mar, que me separa delas... O poema que eu escrevi a sorrir... a gritar confianças desmedidas nas ânsias partidas... quebradas... como velas de naufrágio !... O poema que eu escrevi a soluçar, sobre os livros onde não encontrei para os sonhos resposta um dia !..." de : ALDA LARA 1949 (extraído do blog O Lupango da Jinha) ...... Angolano Ser angolano é meu fado e meu castigo Branco eu sou e pois já não consigo Mudar jamais de cor e condição Mas, será que tem cor o coração? Ser africano não é questão de cor É sentimento, vocação, talvez amor. Não é questão, nem mesmo de bandeiras, De língua, de costumes ou maneiras… A questão é de dentro, é sentimento E nas parecenças doutras terras, Longe das disputas e das guerras Encontro na distância esquecimento. (Neves e Sousa 1979)
Video Comboio do Namibe (actual)

http://mossamedes-do-antigamente.blogspot.com/


...............
Memória


Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade


Clicar aqui
: Mossãmedes do Antigamente
onde pode ver inúmeras fotos e postais do início da colonização incluindo de colonos pioneiros que poderão ser seus antepassados, tais como José Joaquim de Pinho cuja descendência está ligada aos Pinho Gomes; idem da família Torres; idem da familia Duarte de Almeida; idem das familias Peleira, Peixe, Ganho, etc.etc.
....


Reportagem recente sobre a ex-Moçâmedes (cidade do Namibe), em video AQUI (não perca)

....................

Entrevista a Riquita, miss Angola e Miss Portugal 1971: http://www.recordarangola.com/

Entrar
Seguidamente, clicar em "continuar"

depois, em "rádio"
depois, em "ouvir" (dia 03-10-2009)

.....................



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A memória longínqua de uma pátria
eterna mas perdida e não sabemos
se é passado ou futuro onde a perderemos


Sophia de Mello Breyner


Malhas que o Império tece...
(interessante relato de uma conterrânea nascida no Lubango)


Lembro-me de quando olhava para trás e todo esse passado era a minha infância. Depois, a criança que fui foi diminuindo, diminuindo, como se eu me afastasse num carro e ela ficasse no passeio a dizer-me adeus. A criança ficou para trás, numa pequena cidade do interior de Angola, perdida no grande continente africano. Aos onze anos essa infância foi guilhotinada. Desceu a Serra da Leba e subiu para um barco de carga que a levou a Luanda. Depois, atravessou a ponte aérea. Continua...
Veja, clicando AQUI , centenas de fotos da cidade de Moçâmedes, actual Namibe: casas, ruas, jardins, praias, arredores etc... E mate SAUDADES daquela terra!

Angolano

Ser angolano é meu fado e meu castigo
Branco eu sou e pois já não consigo
Mudar jamais de cor e condição
Mas, será que tem cor o coração?

Ser africano não é questão de cor
É sentimento, vocação, talvez amor.
Não é questão, nem mesmo de bandeiras,
De língua, de costumes ou maneiras…

A questão é de dentro, é sentimento
E nas parecenças doutras terras,
Longe das disputas e das guerras
Encontro na distância esquecimento.

(Neves e Sousa 1979)


...................

“Se você é branco isso não interessa a ninguém, se você é mulato isso não interessa a ninguém, se você é negro isso não interessa a ninguém. Mas o que interessa é sua vontade de fazer uma Angola melhor, uma Angola verdadeiramente livre,uma Angola independente”.

Teta Lando:

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Homem de Mello disse que Portugal deve pedir desculpa pela forma "vergonhosa" como retirou de África. "[O secretário de Estado norte-americano] McNamara pediu desculpa pelo Vietname, a Igreja pediu desculpa pela Inquisição. Só Portugal é que não pede desculpa"



Segundo Homem de Mello, Portugal "podia ter sido o primeiro Estado colonial] a sair do Ultramar e foi o último" a deixar as suas colónias. "Perdemos a guerra, que podíamos não ter feito. Perdemos o Ultramar, quando podíamos ter ficado se tivéssemos saído a tempo e horas."
................

«Ah, se eu tivesses menos vinte anos! Que faria ? Havia de pôr os brancos contra os brancos em África, e os pretos contra os pretos, e brancos e pretos uns contra os outros e nós haveríamos de sair incólumes no meio de tudo».

Frase proferida por Salazar em 1966 de acordo com o que vem exarado no livro de Franco Nogueira “Salazar O ultimo combate 1964-1970” 4ªedição ( 2000) da Companhia Editora do Minho S.A.
.......................

As diferentes "civilizações" ao longo da história não foram produto da livre criação do espírito e da mente humana, senão um emergente de estratégias e políticas orientadas à conquista (militar, económica, política e social) das classes mais poderosas sobre os extactos mais fracos da população humana.

A humanidade só terá paz, quando no coração do homem a paz for cultivada.




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FILMES DE OUTROS
. 1. Fuga da cidade do Luso/Angola em 1975


Saudade e Saudosismo



LUANDA DO FUTURO

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VEJA ESTE BONITO FILME
:
ANGOLA 1 -Luanda, Bengo, Namibe, Cunene (excertos)- CLICANDO AQUI

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VISITE O BLOG MOSSÃMEDES DO ANTIGAMENTE CLICANDO AQUI




Da terra

… era a minha sementeira
se eu tivesse a mesma sina
que aproveita a goiabeira

de semente pequenina
começou por ser verdinha
mas depois se avermelhou

depois
a passarada
chilreando à liberdade descuidada
leva no bico a goiaba
que a goiabeira gerou

Manuel Rui

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"Nunca desesperes face às mais sombrias aflições de tua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda." Provérbio chinês



VIDEO DISTRITO DE MOÇAMEDES
CLICAR AQUI e AQUI
Consulte um pouco da História de Moçâmedes, clicando aqui:
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Saudade e Saudosismo


LUANDA DO FUTURO

Welwitschia Mirabilis

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Constituição da República Portuguesa, Artigo 37.
..................

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NOTA - Os textos assinados por outrem ou retirados de outros blogs ou sítios não reflectem necessariamente a opinião ou posição da autora deste blog, e serão retirados a pedido do respectivo autor ou responsável, salvo se tiverem sido enviados pelo próprio ou se houver uma autorização genérica de utilização.
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Nunca pensei que os "olhos do meu coração, no dizer de S. Paulo, revelassem pormenores por mim julgados completamente esquecidos...

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«O raio e o trovão precisam de tempo, a luz dos astros precisa de tempo, as acções dos homens precisam de tempo para poderem ser vistas e ouvidas»


Nietztche

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«Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você as dizer.»..

VOLTAIRE

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A verdade que eu conto, nua e pura,
Vence toda a grandíloqua escritura!
(Camões - Os Lusíadas - Canto V, 89)




Cidades de Angola em franca recuperação:
NOVA LISBOA Actual HUAMBO
PORTO ALEXANDRE actual TOMBWA









TIVE SORTE


Tive sorte
Sorte de ter nascido onde nasci
de ter tido a família que tive
de ter crescido onde cresci
Sorte de ter os amigos que tive

Sorte de ter vivido onde vivi
de ter acreditado no que acreditei
de ter vivido na época em que vivi
Sorte de ter pensado o que pensei

Sorte de ter vivido o que vivi
de ter chorado o que chorei
de ter vivido com quem vivi
Sorte de ter amado quem tanto amei

Sorte que assim guardo para sempre
valendo mais que todo o ouro
Lembra; tudo o que acima disse,
como o meu mais valioso tesouro.

tirei DAQUI

.................


FUGA EM CARAVANA DE ANGOLA PELO CUNENE



ESCUTA

Solta a tua voz, não tenhas medo
Não cultives a flor da solidão.
Tens vontade tão firme, qual rochedo
Na chama que te aquece o coração.

Tens em ti força p’ra mover montanhas
Grita aos quatro ventos, a poesia.
Em tua alma, as belezas são tamanhas
Como o sol que renasce dia a dia.

São de vidro as paredes da cadeia,
Correntes que te prendem, mera teia
Onde algemas ideias, com receio
Da incompreensão que encontras de permeio

Olha que não há eco sem barreiras.
Audácia te proteja além fronteiras.
É hora de quebrares esse mutismo.
Só em ti, no medo, está o abismo.

É mero sulco, o fosso que te isola
O herói, não se rende, nem se imola.
Faz de espelho, reflecte a lua
A esperança que te é peculiar

A luz que tens no peito e não é tua
Que outro espelho, essa luz vá encontrar
E outro, e outro, sempre, sem parar
E o mundo inteiro hás-de iluminar.

poema de Aida Viegas






1. ANGOLA: "O 27 de Maio de 1977"
1 O início da Guerra de Angola Estado Português e espoliados do Ultramar 2. ANGOLA: Morte de Agostinho Neto na URSS (video)

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........................ Desde 28 Fev.09
eXTReMe Tracker
Há 32 anos atrás...
toda a realidade que estas fotos e descrições encerram de um dia para outro se volatilizou como se de fumo se tratasse. Uma ponte aérea sem retorno, apressadamente montada, símbolo de uma colonização mal orientada e de uma descolonização fracassada, trouxe-nos «de volta» à terra dos nossos trisavós, bisavós, avós... Sim! Não à nossa terra! Essa ficara para sempre para trás...
32 anos depois...
De Moçâmedes. restavam-me fragmentos dispersos de recordações! Da sua terra, os meus filhos nada sabiam!
Foi quando resolvi deitar mão à tarefa da reconstrução «virtual» de Moçâmedes e das suas gentes através das possibilidades que esta máquina maravilhosa nos oferece. Apenas porque... RECORDAR É VIVER. Sem saudosismos!

Para começar necessitava de fotos, muitas fotos, de factos e mais factos, de recordações, muitas recordações... Familiares e amigos permitiram-me as primeiras colheitas, as outras vieram a seguir, em catadupa, e numa progressão que julgava inconcebível, para além das conseguidas através da net, livros, revistas...

A criação deste blog, tem sido um exercício mental salutar!
Hoje, já consigo pensar a minha terra e as suas gentes quase com a nitidez de outros tempos. E os meus filhos já têm da sua terra uma imagem e uma ideia que antes desconheciam. Eram crianças!

Resolvi tornar público este blog, porque quero partilhar com os moçamedenses e com os amigos de Moçâmedes a satisfação que senti ao revisitar o passado. E não só partilhar este, mas também outros dedicados àquela terra, e cujas referências podem ser encontradas mais acima, na barra à direita, bem assim como os diversos slideshows (7) por mim elaborados e colocados no U tube.

Antes de terminar, quero agradecer mais uma vez a todos quantos comigo têm colaborado enviando-me fotos, postais, etc, bem como agradecer a eventuais outros que de ora em diante o queiram fazer através de : jardim.n@gmail.com
Bem haja
Lx, 2007 (ano do início deste blog)
De uma moçamedense para todos vós
MariaNJardim

Tema Simples. Com tecnologia do Blogger.