Ao fundo, o famoso «morro das inscrições» ou morro da Torre do Tombo onde se encontram as famosas «grutas» que serviram de abrigo aos primeiros mareantes que em tempos remotos por ali passaram. Por detrás podemos ver a ponte de uma das pescarias e à esq., a meio do morro, a casa de João Martins Pereira (morgado). Chamavam «morgado» porque o terreno que a mesma ocupa fora concedido ao seu proprietário por concessão régia. Ainda hoje esta construção ali se encontra resistente à voragem do tempo, e bem merecia ser preservada como património histórico-cultural que representa. Na praia podemos ver um jovem que ali se banhava como era costume na época.
Este, o lado das pescarias que encurva na direcção da Ponta do Pau do Sul ou Noronha...
De entre as famílias estabelecidas com pescarias em Moçâmedes, a residir na Torre do Tombo, destacava-se, até finais dos anos 1940, a família de João Duarte, não apenas porque se tratava de uma família que conseguiu vencer no ramo com a sua pescaria na Praia Amélia, dedicada ao fabrico de farinha de peixe e guanos, como no comércio, e também pela sua extensão. Quase todos os familiares trabalhavam para a empresa. Seguem algumas fotos que recordam gentes desta família e de outras que viveram na Torre do Tombo, nos anos 1940 e 1950, mesmo até aos anos 1960, quando começaram a mudar.se para as bonitas vivendas que começaram a ser erguidas na cidade, obra da Sociedade Cooperativa "O Lar do Namibe", através de pequenas quotizações, uma vez que não havia crédito bancário à habitação própria, e a maioria eram trabalhadores por conta de outrém, que trabalhavam na industria de pesca e no comércio e serviços.


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