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10 maio 2009

Moçamedenses da Torre do Tombo no tempo das antigas pescarias, em Moçâmedes...

Panorâmica da baía de Moçâmedes no tempo em que se encontravam ainda ali as primitivas pescarias que na década de 50 foram desmanteladas para dar lugar ao cais acostável e à Avenida marginal. A maioria dos proprietários a quem foram prometidas indemnizações, nada recebeu, em nome do progresso, acabou na miséria, sobretudo aqueles que se dedicavam â pesca à linha.


Este, o lado das pescaria que vai à  Fortaleza de S. Fernando...


Ao fundo, o famoso «morro das inscrições» ou morro da Torre do Tombo onde se encontram as famosas «grutas» que serviram de abrigo aos primeiros mareantes que em tempos remotos por ali passaram. Por detrás podemos ver a ponte de uma das pescarias e à esq., a meio do morro, a casa de João Martins Pereira (morgado). Chamavam «morgado» porque o terreno que a mesma ocupa fora concedido ao seu proprietário por concessão régia. Ainda hoje esta construção ali se encontra resistente à voragem do tempo, e bem merecia ser preservada como património histórico-cultural que representa. Na praia podemos ver um jovem que ali se banhava como era costume na época.


                         Este, o lado das pescarias que  encurva na direcção da Ponta do Pau do Sul ou Noronha...

 De entre as famílias estabelecidas  com pescarias em Moçâmedes, a residir na Torre do Tombo, destacava-se, até finais dos anos 1940, a família de João Duarte, não apenas porque se tratava de uma família que conseguiu vencer no ramo com a sua pescaria na Praia Amélia, dedicada ao fabrico de farinha de peixe e guanos,  como no comércio, e também pela sua extensão. Quase todos os familiares   trabalhavam para a empresa. Seguem algumas fotos que recordam  gentes desta família  e de outras que viveram na Torre do Tombo,  nos anos 1940 e 1950, mesmo até aos anos 1960, quando começaram a mudar.se  para as bonitas vivendas que começaram a ser erguidas na cidade, obra da Sociedade Cooperativa "O Lar do Namibe", através de pequenas quotizações, uma vez que não havia crédito bancário à habitação própria, e a maioria eram trabalhadores por conta de outrém, que trabalhavam na industria de pesca e no comércio e serviços.

 

Ao centro,  na ponte da pescaria da Praia Amélia, João Duarte, ladeado pelos filhos, Armando e João Carlos, e pelo amigo Beto de Sousa, à esq.


 Aqui, com Dona Micas, esposa de João Duarte, e os seus 8 irmãos : Isaura, Joaquim, João, António, Manuel, Armando, Delfina e Carlos Guedes, 3 dos quais trabalhavam na empresa do cunhado.
Outras gentes da Torre do Tombo:  António com a esposa Celeste Guedes, filhos Mário e Orbela. A Sra à dt. em cima é Lidia Sousa Alcario. Embaixo Maria do Carmo Paulo e Nascimento (?)  . Foto tirada na Praia das Conchas onde era comum darem.se passeios aos fins de semana para apanhar burriés.
Familia Ramos com vizinhos africanos e filhos Maria Helena, Maria Emilia e Edmundo,
Família Aprígio
 Bio Aquino
 Mariazinha Pinto, Olimpia Aquino e Raquel Martins Nunes posam para a posteridade sobre uma das muitas pontes das primitivas pescarias que circundavam a baía de Moçâmedes.


 Olimpia Aquino, Marizete Veiga e Helena Gomes

Aníbal Bagarrão











 

 











Familias que viveram na Torre do Tombo uma determinada parte de seus vidas. A maioria das quais mudou-se na década de 1960 para mais próximo do centro da cidade... Guedes, Duarte, Sousa, Paulo, Almeida, Ferreira, Nascimento, Bagarrão, Aquino, Martins Nunes, Ferreira da Silva, Pessanha, Monteiro, Ventura, Meco, Marques, Franco, Matos, Meco, Martins Pereira, Matos, Esteves, Ilha, etc etc







Vae também: Moçâmedes ... Mossãmedes do antigamente...: A indústria de Pesca em Moçâmedes