Foto Salvador
Gigantones e cabeçudos na sua passagem junto ao Clube Náutico. Foto Salvador
Chegou o mês de Março!
As Festas começavam com uma alvorada com morteiros, desfile de gigantones, cabeçudos, e banda pelas ruas da cidade a anunciar a boa nova:
"Tum...Tum... Tum... Carioca"...
Mas "Carioca" porquê? Reminicências dos 1º s Carnavais festejados pelo fundaadores luso-braileiros?
Das
«Festas do Mar» patrocinadas pelo Governo do Distrito e pela Câmara
Municipal de Moçâmedes, fazia parte um extenso programa que abria manhã
cedo, no dia 1, com uma alvorada com morteiros, desfile de gigantones e
cabeçudos, desfile de carros e
de uma banda musical pelas ruas da cidade, e ao fim da tarde com a
abertura da Feira Popular. Encerrava a 31 do mesmo mês, ficando a
funcionar a Feira Popular até 15 de Abril.
Todos os anos surgiam novos e sugestivos cartazes, com o este desenhado por João António Teixeira, poeta e desenhador moçamedense. Geralmente havia um concurso para o efeito, realizado pela Câmara Municipal de Moçâmedes, e quem apresentasse o cartaz mais colorido e mais sugestivo, era o premiado. Outros concorrentes habituais, com prémios atribuídos foram o João António Guedes da Silva e o Zezo de Sousa. O prémio não passava de módica quantia, algo de simbólico, já que a Câmara Municipal de Moçâmedes sempre se debatia com carências financeiras, e o produto das Festas mal dava para as suportar.
Esta foi a capa do programas das "Festas do Mar" de 1966, naturalmente a cores (alguém a digitalizou a preto e branco...). As que seguem são de 1967, 1969 e 1970.
As "Festas do Mar", famosas pelo seu brilhantismo, tiveram o seu início em 1962, um ano após o critico 1961. Tinham sido proibidas as danças indígenas de rua pelo Carnaval, festividades que perderam o brilho de outros tempos, As "Festas do Mar" eram acompanhadas de manifestações várias culturais, recreativas e desportivas, que atraiam um mar de gente e turistas para o recinto, e que nesta época do ano podiam beneficiar dos múltiplos atractivos que o Namibe oferecia.
De entre as manifestações culturais salientam-se as exposições de fotografia, numismática, pintura, jogos florais, etc. No campo das actividades recreativas, eventos vários tais como passagens de modelos, bailes, concertos, concursos de penteados, eleição de "Miss Mar", corridas de empregados de mesa, concursos de construções na areia, concursos de papagaios de papel, concursos caninos, etc. etc ,
De entre as manifestações culturais salientam-se as exposições de fotografia, numismática, pintura, jogos florais, etc. No campo das actividades recreativas, eventos vários tais como passagens de modelos, bailes, concertos, concursos de penteados, eleição de "Miss Mar", corridas de empregados de mesa, concursos de construções na areia, concursos de papagaios de papel, concursos caninos, etc. etc ,
No campo das actividades desportivas não podiam faltar as regatas de
sharps, snypes, as
corridas de motos, de kart's, as corridas infantis de bicicletas, corridas de motos, os
festivais de tiro ao vôo, ginástica, judo, tiro ao vôo, paraquedismo, caça submarina, pesca desportiva. para além dos já consagrados torneios de futebol, hóquei em patins, andebol e basquetebol masculino e feminino.
Uma panorâmica dos recinto das diversões para os mais novos
Uma panorâmica dos recinto das diversões: barracas. Foto Salvador.
Este era o recinto das «Festas do Mar» junto da Praia das Miragens, entre o Club Nautico (Casino) e a Capitania do Porto. Era um airoso recinto, todo arrumado e engalanado, que funcionava como uma espécie de Feira Popular, onde não faltava o parque de diversões com dois carrocéis, um deles para os mais pequenos, a pista dos carros, as de barracas dos cavalinhos, de tiro ao alvo, de argolas, de venda de rifas, tômbolas, etc; e no sector de "comes e bebes", locais de venda de sorvetes, algodão doce, cachorros quentes, farturas, etc, para além de dois os três pequenos restaurantes onde eram servidos frangos na brasa, churrascos, febras, etc, e onde não podiam faltar os famosos caranguejos «gigantes» de Moçâmedes e as não menos famosas ameijoas de Porto Alexandre.
A envolvência: praia e palco
O pequeno palco e as arcadas
Gigantones e cabeçudos na sua passagem junto ao Clube Náutico. Foto Salvador
Junto das arcadas da praia ficava um palco, com uma pintura alusiva ao mar, ao deserto, à pesca e ao encontro de culturas, da autoria de Carlos Ferreira, pintor de Luanda que trabalhava no CITA (Centro de informação e Turismo de Angola). Era o local onde no decurso desta quadra se realizavam espectáculos de música ao vivo.

Deste programa das "Festas do Mar", transcreveremos as actividades ocorridas nesse ano que falam por sí sobre o brilhantismo alcançado nas "Festas do Mar":
1. Alvorada com morteiros, gigantones, cabeçudos, e banda pelas ruas da cidade
2. Abertura da Feira Popular
3. Jornada de basquetebol feminino e masculino entre Moçâmedes e Sá da Bandeira
4. Inauguração dos Pavilhões de Exposições Comerciais e Industriais
5. Paraquedismo sobre a baía por paras do Aero Clube de Angola
6. Corrida Infantil de bicicletas
7. Exposição numismática
8. Corrida de empregados de mesa na Feira Popular. Jogos de andebol e basquetebol pela Mocidade Portuguesa
10. Concurso de Caça Submarina
11. Provas de Natação na Baía
12. Corrida de Baleeiras e «Chatas» na Baía
13. Corridas de Kart`s inter-cidades
14. Exibição do Grupo Folclórico da Casa do Minho
15. Festival dos Bombeiros
16. Regatas à Vela na baía (Campeonato Provincial da MP)
17. Torneio de Ténis entre as cidades de Luanda, Lobito, Sá-da-Bandeira, Moçâmedes e Porto Alexandre, em presença do campeão Nacional
18. Exposição de fotografia e pintura
19. Concurso Infantil de Papagaios de papel
20. Hóquei em Patins
21. Baile no Salão Nobre da Associação Comercial com Passagem de Modelos pela Boutique «Teia» (duas orquestras)
21. Torneio de Pesca Desportiva
22. Concurso Infantil de Construções na Areia
23. Concurso de montras e interiores
24. Concerto pela Orquestra de Salão do Instituto de Música de Angola
25. Festival de Ginástica e Judo
26. 1ª Provas de tiro ao Vôo
Taças Municipal de Moçâmedes , VIII Festas do Mar e Taça Governo do Distrito de Moçâmedes
27. Torneio de Tiro
28. 2º Grande Prémio de tiro aos Pratos. Taça Projeque
29. Festival Siral
30. Grande Noite de Fados
31. Concurso Canino
32. Marchas Populares de Nova Lisboa
33. III Circuito Automóvel - Taça Câmara Municipal de Moçâmedes, Taça Governo do Distrito de Moçâmedes
34. Baile no Salão Nobre da Associação Comercial para entrega de troféus e eleição de Miss Mar
Poemas de filhos da terra eram geralmente enquadrados nos programas das "Festas do Mar". No das IX Festas do Mar, do ano de 1970, cuja capa se encontra mais acima, constava na 1ª página, com enquadramento da imagem de uma traineira à luz do luar, este poema:
A noite tem feitiço e lenda
Tem canção lânguida e futil
das palavras
e do mar
e a renda
sem emenda
do luar
Helder Duarte d' Almeida
(poetas do Namibe)
Constavam do programa acima exposto vários anúncios representando firmas comerciais, empresas de pesca, etc, que haviam dado a sua colaboração, em resposta a um tradicional peditório visando a angariação e recolha de fundos na praça, anúncios esses que nos dão um panorama das actividades comerciais e industriais na época:
-Banco-de-Crédito: O Banco que cresce...
-União Comercial de Automóveis, SARL.
-J. Freire, Comércio Geral
-Ouriversaria e Relojoaria Moreira
-Sociedade de Automóveis (SOAUTO)
-Fernando das Farturas (Recinto das Festas)
-Tabacaria Tropical
-Impala Cine
-Mini-Mercado Namibe de Estevão Lopes
-Vidraria Namibe, Lda.
-Lusolanda
-Fernando Tendinha, Safaris
-Antunes da Cunha Lda.
-Drogaria e Papelaria Teles
-Brilhamar-Bar (na estrada da Aguada)
-Hotel Moçâmedes
-Cicorel, SARL.
-João Pereira Correia, Lda.
-Instituto de Beleza Sandra
-Venâncio Guimarães Sobrinho, Lda.
-Hotel Turismo
-Lupral SARL
-Simpor (Moçâmedes), Limitada
-Fausto Rodrigues da Silva
-Farmácia Moderna
-Pensão Angola
-Guedes Duarte e Guedes Lisboa, Lda.
-Louis Benhaim, Cirurgião Dentista
-Produtos de Angola, Lda. «PRODUANG»
-Sociedade Industrial do Cabo Negro, Lda. «SALIPESCA»
-SACOR
-TEXACO
-Sousa & Irmão
-SOAUTO
-Mário B. de Sousa
-Santos, Lda.
-Robert Hudson
-Banco Totta-Standard de Angola
-Instituto de Beleza Chibante
-Salão Paris
-Salão Azul
-Pensão Angola
-Cervejaria Rollan
-Clube Nautico
-Pensão Pescador
-Cine Moçâmedes
- Impala Cine
-Abastecedora de Moçâmedes
-Quitanda Alcobacence
-Bárbara Franco
-Laurinda P. R. Conceição
-Torres & Irmão
-Banco Pinto & Sotto Mayor
-Companhia de Redes de Pesca
-António Pereira da Costa e Silva (Moinhos)
-Veríssimo & Irmão, Lda. Porto Alexandre
-A Mundial de Angola, Companhia de Seguros
-Sociedade Cooperativa « O Lar do Namibe»
-Associação dos Industriais de Pesca do Distrito de Moçâmedes
-ARAN «Sociedade dos Armadores de Pesca de Angola, SARL
(Clicar sobre o Programa para aumentar)
-União Comercial de Automóveis, SARL.
-J. Freire, Comércio Geral
-Ouriversaria e Relojoaria Moreira
-Sociedade de Automóveis (SOAUTO)
-Fernando das Farturas (Recinto das Festas)
-Tabacaria Tropical
-Impala Cine
-Mini-Mercado Namibe de Estevão Lopes
-Vidraria Namibe, Lda.
-Lusolanda
-Fernando Tendinha, Safaris
-Antunes da Cunha Lda.
-Drogaria e Papelaria Teles
-Brilhamar-Bar (na estrada da Aguada)
-Hotel Moçâmedes
-Cicorel, SARL.
-João Pereira Correia, Lda.
-Instituto de Beleza Sandra
-Venâncio Guimarães Sobrinho, Lda.
-Hotel Turismo
-Lupral SARL
-Simpor (Moçâmedes), Limitada
-Fausto Rodrigues da Silva
-Farmácia Moderna
-Pensão Angola
-Guedes Duarte e Guedes Lisboa, Lda.
-Louis Benhaim, Cirurgião Dentista
-Produtos de Angola, Lda. «PRODUANG»
-Sociedade Industrial do Cabo Negro, Lda. «SALIPESCA»
-SACOR
-TEXACO
-Sousa & Irmão
-SOAUTO
-Mário B. de Sousa
-Santos, Lda.
-Robert Hudson
-Banco Totta-Standard de Angola
-Instituto de Beleza Chibante
-Salão Paris
-Salão Azul
-Pensão Angola
-Cervejaria Rollan
-Clube Nautico
-Pensão Pescador
-Cine Moçâmedes
- Impala Cine
-Abastecedora de Moçâmedes
-Quitanda Alcobacence
-Bárbara Franco
-Laurinda P. R. Conceição
-Torres & Irmão
-Banco Pinto & Sotto Mayor
-Companhia de Redes de Pesca
-António Pereira da Costa e Silva (Moinhos)
-Veríssimo & Irmão, Lda. Porto Alexandre
-A Mundial de Angola, Companhia de Seguros
-Sociedade Cooperativa « O Lar do Namibe»
-Associação dos Industriais de Pesca do Distrito de Moçâmedes
-ARAN «Sociedade dos Armadores de Pesca de Angola, SARL
(Clicar sobre o Programa para aumentar)
Bem-dispostas e animadas, impecavelmente vestidas, as Majorettes desfilaram ...
As Majoretes em desfile no Estádio Municipal
Em 1975, no derradeiro ano da presença dos portugueses em Angola, já os Programas das "Festas do Mar" tinham melhorado substancialmente. Angola desde 1961 tinha evoluído bastante, e por força da guerra tinha-se aberto à importação. A "guerra" desde logo reduzida às zonas fronteiriças do norte e leste de Angola, não perturbava o normal evoluir da vida. As pessoas passaram a ter acesso a uma maior variedade de bens ao quais até aí não se conseguia chegar, porque simplemente não os encontrávamos à venda nas reduzidas casas de moda da cidade. O recurso era o "Dia de São Vapor", ou seja, era o dia da passagem por Moçâmedes dos navios de passageiros que faziam escala em Moçâmedes vindos da Metrópole, cujos camareiros e camareiras vendiam coisas bonitas, novidades que n meio apoucado de Moçâmedes não existiam. Foi esse progresso, essa abertura, que permitiram que estas jovens desfilassem de Majorettes espalhando o charme no interior do novo estádio municipal, e pelas artérias da cidade e marginal, emprestando um particular brilho e colorido às já famosas Festas, que dentro em breve passariam a ter novos protagonistas. Estava-se afinal a uns meses da
independência de Angola, na recta final do processo de descolonização, e, no entanto ninguém ainda imaginava o
culminar do processo histórico que se estava a desenrolar ... Ninguém imaginava que dali a 8 meses já não estariam ali, na
Avenida Marginal e no novo Estádio Municipal construído no baixio das
"Furnas de Santo António", a caminho do Deserto do Namibe. A vivência entre europeus e africanos da cidade mantinha-se esta altura ainda no quadro da normalidade, e aos moçamedenses mais enraizados, que já contavam com várias gerações de angolanos branco atrás de si , ninguém diria que dali a 8 meses já não estavam ali, na
Avenida Marginal e no novo Estádio Municipal construído no baixio das
"Furnas de Santo António", a caminho do Deserto do Namibe. Muito acreditaam que facilmente se adaptariam às mudanças que estavam para vir...
A Praia das Miragens apinhada de gente e de automóeis... Era sempre assim aos domingos! Um divertimento gratuito, ao alcance de todos. Moçâmedes parecia uma estância balnear!
Concurso infantil de construções na areia integrado no programa das "Festas do Mar". Foto Salvador
Todos os
anos, enquadrado no programa das "Festas do Ma" realizava-se
na Praia das Miragens o tradicional "Concurso infantil de construções
na areia". Era geralmente apoiado pelos jornais da terra e patrocinado
pela Câmara Municipal de Moçâmedes, e envolvia dezenas e dezenas de
crianças em todo o distrito e não só, para além de centenas de
espectadores, entre familiares, curiosos e frequentadores da habituais
da praia. Os concorrentes de palmo e meio tinham
cerca de 1 hora, e pouco mais de 1, 5m2 de terreno para mostrarem as suas
habilidades na arte de esculpir na areia, e como apetrechos para os
seus trabalhos de escultura pouco mais possuíam, como se pode ver, que
as próprias mãos, tendo que começar por cavar mais fundo para encontrar
terra húmida capaz para modelar.Não se vêm aqui
baldes de plástico para transportar água do mar, pás e outros
acessórios. Restava-lhes a imaginação na execução
dos trabalhos que certamente não poderiam ir muito longe, dado os
meios de que dispunham. As três melhores esculturas eram contempladas.
A Praia das Miragens era o epicentro das "Festas de Moçâmedes, Mar e Março", que nestas alturas ficava a abarrotar de gente, gente não apenas de Moçâmedes, mas também das cidades próximas, Porto Alexandre e Sá da Bandeira, e de outros pontos do Distrito e mesmo de toda a Angola. Eram especialmente moçamedenses que, terminado o serviço militar obrigatório tinham ficado a viver noutras cidades de Angola onde arranjavam trabalho e onde acabavam por casar , constituir família e fixar-se, e que vinham de férias nesta altura, para o que concorreu, já no inicio da década de 70, a construção (ainda que tardia, como tardio era tudo entre nós), da estrada da Leba, e da nova ponte sobre o rio Bero.
A Praia das Miragens mesmo ali juntinho ao centro da cidade, paralela à Avenida principal, e a bela baía em forma de concha, faziam da cidade de Moçâmedes uma verdadeira estância balnear. Uma promessa de futuro! Ali toda a gente, sem ter que percorrer longas distâncias, podia colher os benefícios do sol e do mar, nadar, confraternizat, dedicar-se a desportos náuticos: regadas de sharps, snypes, provas de natação, etc. etc
A Praia das Miragens mesmo ali juntinho ao centro da cidade, paralela à Avenida principal, e a bela baía em forma de concha, faziam da cidade de Moçâmedes uma verdadeira estância balnear. Uma promessa de futuro! Ali toda a gente, sem ter que percorrer longas distâncias, podia colher os benefícios do sol e do mar, nadar, confraternizat, dedicar-se a desportos náuticos: regadas de sharps, snypes, provas de natação, etc. etc
Conforme citado atrás, as "Festas do Mar" eram abrilhantadas com manifestações váriadas, culturais, recreativas e desportivas. O distrito de Moçâmedes um dos pontos mais privilegiados do país, tem mar, deserto e savana, particularidades que lhe conferem um magnífico quadro natural, a juntar a um clima moderado, considerado o melhor de toda a costa litoral de Angola. O visitante tinha ainda à sua disposição outras tantas praias próximas, a Praia Azul, a Praia das Barreiras, a Praia Amélia, a Praia das Conchas, esta, caracterizada como o próprio nome indica, por detritos de conchas de espécies marinhas, e até ossadas de cetáceos, reminiscências das actividades pesqueiras dos noruegueses que no início do século XX, se instalaram na Praia Amélia. A partir da Praia das Conchas podia, quem preferisse dedicar-se à pesca desportiva ou à caça submarina, avançar até ao Barambol, paraíso de pescadores desportivos, a cerca de 15 Km da cidade. Mas havia outras praias muito visitadas que se estendiam pela orla litorânea do Distrito, ideais para banhos, pesca desportiva e submarina, desportos nauticos, etc etc: a Baia das Pipas, o Bába, o Mocuio, o Chapéu Armado, a Lucira, etc. etc.
Esta foto foi tirada na ponte de uma pescaria no Canjeque, (zona de pescarias a 4km a sul da cidade). Da esq. para a dt. o Dr. Mário Miranda Garrido (Médico), Aires Domingos e Parreira da Cruz (data provável. Eram figuras da terra que estavam sempre quando se falava de caça submarina... Foto cedida por Mélita Parreira da Cruz
Na ponte de João Duarte, Praia Amélia, no 1º «Concurso de Pesca Desportiva» realizado em Moçâmedes: Arménio Jardim e Eduardo Lopes Braz exibindo o fruto da sua "colheita". Estava-se em 1956/7. Na 1ª Sobre a ponte vêem-se curiosos de ambos os sexos e das mais diferentes idades que acorreram ao local para assistir à chegada dos concorrentes.
Foto do meu álbum
Foto do meu álbum
Nidia e Arménio na ponte de João Duarte, Praia Amélia, no 1º «Concurso de Pesca Desportiva» realizado em Moçâmedes. Foto do meu álbum
O mar de Moçâmedes era um mar riquíssimo em pescado, facto que se deve à corrente fria de Benguela. Um dos braços da corrente quente do Brasil que aparece sobre o Equador, avança para o Atlântico Sul e acompanha as costas do Brasil e da Argentina. Nos mares da Antártida choca contra as geleiras da região, apodera-se de icebergues e mistura-se com outras correntes de água fria. Então começa a desviar-se em direcção à costa ocidental de África e passa a denominar-se «corrente fria de Benguela». Arrastando grandes blocos de gelo, avança com eles em direcção à costa de Angola. Cada icebergue é um zoológico ambulante onde navegam grupos de focas e pinguins, muitos dos quais terminam a sua viagem nas praias da Baía dos Tigres, Porto Alexandre (actual Tômbua) e Moçâmedes (actual Namibe).
Atractivos do Namibe:
As altas dunas da zona da Baía do Tigres
Por entre dunas, e mais, dunas, a uns 80 km da foz do Cunene e do limite sul do país, uma ilha inesperada guarda uma antiga povoação de pescadores. Depois de décadas de abandono, em 1975, é esqueleto enterrado no deserto (neste ponto, o cenário de filme torna-se ainda mais surpreendente). A povoação da Baía dos Tigres, assim se chama, é hoje um espectro de edifícios: casas, uma escola, um posto sanitário, um hospital, uma delegação marítima e a icónica Capela de São Martinho. As estruturas semi-enterradas compunham a pequena aldeia fundada nos anos 1865 por pescadores vindos de Porto Alexandre nos seus barcos à vela, que haviam trazido alguns anos antes, vindos de Olhão, Algarve, região sul de Portugal. Chegar a ela é uma verdadeira aventura para quem enveredasse por uma viagem de jeep, através das escaldantes areias rentinho ao mar, ( à direita, uma parede de dunas e à esquerda, o mar). Uma aventura, uma vez que obrigava a partir de determinada altura a vazar os pneus e a seguir em alta velocidade, num trajecto acompanhado por pelicanos, em que o veículo não pode parar para não enterrar, e tem que se estar atento à subida da maré para que esta não o leve.
flamingos
No percurso até à foz do rio Cunene, que envolve uma passagem pelas belas e ondulantes dunas do Namibe, podia o visitante observar as
paisagens do deserto e as mais diversas espécies marinhas para além de pelicanos, tais como
tartarugas, golfinhos, tubarões, flamingos etc.
Entre Moçâmedes e a Baía dos Tigres ficava Porto Alexandre, hoje Tombwa. E cerca de 90 Km de Moçâmedes, outro atractivo, era o Arco Carvalhão, arco natural que a erosão cavou na rocha de natureza sedimentar, também denominado por «Lagoa do Arco» ou «Oásis Arco».
Arco Carvalhão
Lagoa do Arco
foto Nhuca
foto Nhuca

Quando chovia o Deserto ficava assim...
Embora não pareça, o Deserto do Namibe regurgita de vida. Para além dos elefantes, impalas, zebras, onças, gazelas, avetruzes, girafas, guelengues, olongos, orixes, rinocerontes, suricataos, etc., mesmo nas zonas mais áridas, onde a água tatamente chega, revirando as suas areias escaldantes, pedras e pedregulhos, é comum encontrar-se vida: líquens, aranhas e cupins, camaleões e cobras, até toupeiras, e mais de 200 espécies de besouros. (vidé este site)


Quando chovia o Deserto ficava assim...
O magnífico e grandioso deserto do Namibe o
grande cartaz turístico da região, era um paraíso para os
aficcionados da caça, a juntar as diversas características etnográficas
dignas de estudo e de observação.
Uma
ida ao Iona, no coração do deserto do Namibe, a cerca de 200
quilómetros da cidade, era um paraíso pródigo em animais de grande
porte, e possibilitava a partir da Espinheira, vislumbrar a presença
de vários tipos de animais, tais como elefantes, impalas, zebras,
onças, leões, cabras, guelengues, avestruzes, orixes, rinocerontes,
etc. Na foto acima um quadro muito comum no Deserto do Namibe: duas gazelas, talvez refrescando-se à sombra de uma espinheira olham assustadas para a objectiva.
Embora não pareça, o Deserto do Namibe regurgita de vida. Para além dos elefantes, impalas, zebras, onças, gazelas, avetruzes, girafas, guelengues, olongos, orixes, rinocerontes, suricataos, etc., mesmo nas zonas mais áridas, onde a água tatamente chega, revirando as suas areias escaldantes, pedras e pedregulhos, é comum encontrar-se vida: líquens, aranhas e cupins, camaleões e cobras, até toupeiras, e mais de 200 espécies de besouros. (vidé este site)

Foto cedida por Olímpia Aquino Arvela

Gazelas no Deserto do Namibe
Nos anos 1930/1940 era assim que Manuel Abreu, o "Mata Porcos" caçava, chegando a vender a carne da caça no seu talho, em Moçâmedes. Naquele tempo, de quando em quando corria a notícia na cidade que um ou outro leão esfomeado, vinha pela calada da noite até ao edifício do Matadouro Municipal (um dos mais antigos da cidade, ali bem perto da Estação do CFM), em busca das vísceras doa animais abatidos.
Por tudo isso a cidade do Deserto não podia deixar de ter um dos seus "ex-libris", nas gazelas que ladeiam o espelho de água da Avenida. Era ali que todo o residente e todo o visitante ia tirar a sua foto, posando para a posteridade.
Mas visitar Moçâmedes e não apreciar a famosa e ancestral Welwitschia , era como ir a Roma e não ver o Papa. A Welwitschia Mirabilis, foi o nome científico (latinizado) que o naturalista austríaco, Frederich Welwitsch deu a esta planta, a Tomboa Angolensis, símbolo da resistência e sobrevivência da vida vegetal e animal do deserto, que remonta ao tempo dos dinossauros. É a Welwitschia que torna o deserto do Namibe especial e único no mundo, por conter essa planta estranha que os botânicos classificam de dióica, ora «fêmea», ora «macho», precisando da ajuda do vento e dos insectos para se cruzar entre si. Se existe planta das mais cantada em versos a Welwitschia é uma delas. Houve um ano em que a poetisa vencedora dos jogos florais integrados no programa das Festas do Mar, foi Concha Pinhão. Deixo aqui um dos seus poemas:
Welwitschia Mirabilis
Welwitschia de longos braços
Que vive e nasce aos abraços
Que vive e morre em tormento.
Por tanto amar o deserto
Por tê-lo perto, tão perto
Num amor sem casamento.
Que vive e nasce aos abraços
Que vive e morre em tormento.
Por tanto amar o deserto
Por tê-lo perto, tão perto
Num amor sem casamento.
Concha Pinhão
E para descansar o corpo depois da picada, a natureza não se esqueceu de oferecer ao visitante uma caverna de pedra oca, composta de enormes calhaus rolados, que lhes serve de abrigo. Comer num restaurante que é uma caverna no interior de uma pedra, aquecer-se junto a uma fogueira ao som de guitarradas virando as costas ao frio, ou mirar milhões de estrelas cintilantes na escuridão do céu., era algo inebriante que tinha o sabor de aventura, e que só é possível apreciar a quem estiver no Deserto. Nunca mais vi noites assim...
Importante era uma visita às gentes que habitavam o Deserto do Namibe. Contudo essa não era preocupação dos organizadores na época, por aquilo que recordo. O Turismo estava ainda a despontar, Nem na Escola nem nos livros no era dado a aprender a história destes povos. Eu mesma que nasci em Moçâmedes pouco ou nada sabia da sua história, dos seus usos e costumes, só o empirico, o superficial, aquilo que nossos olhos conseguiam ver. E eles viviam lá longe, no mato. Como adorava ter hoje um encontro com os mucurocas, com os mucubais, com bosquímanos etc, esses povos exóticos que viviam em zonas bastante próximas de Moçâmedes e em outras mais distantes do distrito, alguns dos quais, por vezes, apareciam na cidade, como era o caso dos mucubais para uns «biscates», ganhando algum no porto de cais como carregadores na estiva, e elas, a mucubalas a verder pequeninos e redondos tomates vermelhos, por sinal hoje em dia muito aprecidos, e na decoração de saladas de Verão e que nós desvalorizávamos, uma vez que não era hábito venderem-se nas quitandas da terra. E como gostaria de ter visitado a famosa tribu dos Himbas, da etnia Herero, cujos antepassados, no século XVI, se estenderam pelo sul de Angola e se radicaram nas proximidades do Cunene, do lado de Angola, e ao norte de Namibia (antiga colonia alema do Sudoeste Africano). Esses povos interessantes, resistentes à integração, cujas mulheres são famosas pela sua beleza, se distinguem pelos penteados e pelos inconfundíveis ornamentos, e o modo como untam o corpo, com uma mistura de sebo de boi e terra vermelha, cujos homens são secos, musculosos e aguerridos. Aliás, não seriam muitas as pessoas de Moçâmedes que tinham contactos directos com estes povos nem os programas das «Festas do Mar», na época, se referiam particularmente a eles, explorando-os como cartaz turístico, excepto um ano em que o fotógrafo Chaves colaborou num programa com fotos e Júlio Victor, então estudante, nos brindou com um artigo a esse respeito. Conheci de perto elementos do povo cuanhama que apareciam em Moçâmedes para trabalhar nas pescarias. Tal como os Himbas, mas etnicamente diferentes, eram homens e mulheres bem constituídos, altos, fortes, bem apresentados,dignos de figurar em qualquer capa de revista. Possuíam uma estatura muito acima da média. As mulheres cuanhamas mais facilmente e micigenava, o que não era normal numa mulher mucubal. E não eram raros os casos em que uma cuanhama se juntavam ao homem branco que as procurava, dizia-se e pela forma desinibida como encaravam a sexualidade. Aliás em caso de adultério feminino o cuanhama traído era apenas indemnizado com o pagamento de um boi, e ficava considerado de "cara lavada".

Mucubais
Himbas
Carneiros Caraculo
Continuando o visitante a percorrer o distrito de Moçâmedes e o Deserto do Namibe, encontra bem perto da cidade de Moçâmedes, a zona de brusca transição entre a aridez do deserto e a vegetação das margens dos rios Bero e Giraúl, pode visitar as famosas Hortas de Moçâmedes, local a 3 Km da cidade, intimamente ligado à História da cidade, como referia in "O Distrito de Mossamedes", 1892, Pereira do Nascimento, J. (José), 1861-1913, "...delicioso oásis, pela abundância e frescura com a sua viçosa arborisação, cuidadosamente cultivada em alamedas de refrigerantes sombras e parques de odoríferas flores e saborosos fructos, forma um ameno sitio de villegiatura com belos chalés e óptimas casas de campo, banhadas pelas frescas brisas do mar e onde se abriga a elite da sociedade de Mossamedes durante a estação calmosa. As principaes culturas: legumes, hortaliças e grande numero de arvores fructiferas como larangeiras, limoeiros, mangueiras , bananais, figueiras, macieiras, pereiras, alfarrobeiras, cidreiras, oliveiras, videiras, etc. E lá para os lados de Vila Arriaga (Bibala), usufruir das águas medicinais da Montipa brotam em excelente local para repousar, a cerca de 150 km da capital, não esquecendo uma paragem do Posto Experimental do Caraculo.´
Prosseguindo o rol de possibilidades para
quem visitasse Moçâmedes no período das "Festas do Mar", a partir de
determinada altura o programa das festas passou a incluir a eleição da
"Miss Mar".
Finalistas do concurso de "Miss Mar" 1972: Foi eleita "Miss Mar", Marilia da Conceição Campos Rodrigues (Lita), tendo como damas de honor, Paula Chalupa (1ª), Fernanda Lourenço (2ª) que acumulou também o título de "Miss" Simpatia. Maria José Pegado foi escolhida para "Miss Informação".
Três das candidatas ao título em 1971
Marilia da Conceição Campos Rodrigues (Lita),
Paula Chalupa e Any de Freitas. Foi Lita a vencedora.
Marilia da Conceição Campos Rodrigues (Lita),
Paula Chalupa e Any de Freitas. Foi Lita a vencedora.
Recorte do "Jornal Namibe", onde se pode ver, em cima, Paula Chalupa, uma séria candidata ao "Miss Mar" 1971 AQUI
Desfile do "Miss Mar" 1972. Foi vencedora Paula Chalupa.
AS GAROTAS DO MAR...
Todos ficaram sabendo
que assim mesmo é que isto é,
contra as garotas do Mar
é remar contra a maré...
Vencemos em toda a linha!
Foi vitória das mais lindas,
pois nós ganhamos a todas,
Preciosas, Caraslindas...
Contra o que muitos pensavam
nós vencemos o despique,
pois entre ondas de beleza
não podemos ir a pique.
Que as moças iam vencer
era aqui por nós sabido,
pois o Namibe jamais
em beleza foi vencido!
Ninguém nos pode tirar,
cá nesta terra angolana
no campeonato das lindas
a posição soberana.
Todos queriam com bairrismo,
do fundo do coração,
neste Concurso famoso,
a bela repetição.
Lurdes tu és segunda
(Riquita foi a primeira)
e as Miragens do Deserto
hão-de indicar a terceira.
Em loucura colectiva,
no momento final,
a alegria sem limites
dominou a Areal.
Muitos cortejos de carros!
Bancos, pretos... Da cama,
homens, mulher's, crianças,
vêm pr'a rua de pijama!
As Welwistchias ajudaram,
com mil palmas prazenteiras,
que deram com frenezi,
as mil palmas das palmeiras!
E o bom Mar que é nosso Amigo,
em vozes portentosas,
bradou logo o mundo inteiro:
-São nossas as mais formosas!
(Autor desconhecido)
que assim mesmo é que isto é,
contra as garotas do Mar
é remar contra a maré...
Vencemos em toda a linha!
Foi vitória das mais lindas,
pois nós ganhamos a todas,
Preciosas, Caraslindas...
Contra o que muitos pensavam
nós vencemos o despique,
pois entre ondas de beleza
não podemos ir a pique.
Que as moças iam vencer
era aqui por nós sabido,
pois o Namibe jamais
em beleza foi vencido!
Ninguém nos pode tirar,
cá nesta terra angolana
no campeonato das lindas
a posição soberana.
Todos queriam com bairrismo,
do fundo do coração,
neste Concurso famoso,
a bela repetição.
Lurdes tu és segunda
(Riquita foi a primeira)
e as Miragens do Deserto
hão-de indicar a terceira.
Em loucura colectiva,
no momento final,
a alegria sem limites
dominou a Areal.
Muitos cortejos de carros!
Bancos, pretos... Da cama,
homens, mulher's, crianças,
vêm pr'a rua de pijama!
As Welwistchias ajudaram,
com mil palmas prazenteiras,
que deram com frenezi,
as mil palmas das palmeiras!
E o bom Mar que é nosso Amigo,
em vozes portentosas,
bradou logo o mundo inteiro:
-São nossas as mais formosas!
(Autor desconhecido)
"Comboio Bébé". Foto de Araujo in Mazungue
Não poderei deixar de citar o "Comboio Bébé", outro atractivo das festas dirigido para os mais novos, mas que transportava também familiares que, via de regra, os acompanhavam.
Concurso Canino. Foto cedida por Mélita Parreira da Cruz
Esta foto mostra-nos um "concurso canino" realizado na pequena pista arredondada do Parque Infantil, por ocasião das "Festas do Mar" em 1970.
Cartaz do Circuito das Festas do Mar
Os circuitos
automobilísticos constituiam um dos mais importantes momentos das
"Festas do Mar", onde uma grande figura que se destacou foi Henrique
Arens de Novais, na fase de puro amadorismo, indubitavelmente o melhor
piloto angolano quer na modalidade de ralis, quer nos circuitos
automóveis, e a sua imagem traz à recordação todas as alegrias que este
desporto de elite deu aos moçamedenses.
A marginal de Moçâmedes em dia de festa...
Oa mais actualizados bolides no morro junto à Fortaleza, na marginal

Henrique Aharens Novaes, o campeeão no podio. Ver tb aqui e aqui
Festas do mar derradeiras 1975
Este foi o último Circuito, em 1975 (Iniciados)
1º-Acácio Silva (Capri 3000) . 2º-Jorge Maló de Almeida (1º na classe - 2º geral) .
3º-Salavessa Antunes
3º-Salavessa Antunes
Ver AQUI
circuito 1973 ver AQUI
O Governador do distrito de Moçâmedes, comandante Salles Henriques
de Brito fazendo a entrega aos vencedores de uma das provas das "Festas do
Mar". Na mesa encontra-se para além da esposa do Governador, e outros, o
Capitão do Porto na altura, Comandante Marrecas Ferreira e esposa. Ao
fundo, reconhecemos Egidio Robalo da União Nacional.
É assim que ainda hoje aqueles que viveram em Moçâmedes recordam o os ralis e os circuitos automobilísticos que tinham lugar no programa das festividades das "Festas do Mar":
...«Quando vivi em Moçâmedes não perdia uma corrida. Eu e o meu pai ficávamos na Fortaleza e víamos ao longe a recta da meta (a avenida marginal). Depois os carros viravam à esquerda, subiam uma grande rampa, muito inclinada, novamente à esquerda, passavam em frente à Igreja de Sto Adrião, o "S" do tribunal, sempre a descer ... curva à esquerda, capitânia,.... e novamente recta da meta. Adorava ver aquelas corridas. Velhos tempos dos Coopers, NSU TT, Ford Capri, Lotus, etc, etc. A grande disputa era entre o Novais (um moçâmedense de "gema") e um "forasteiro" chamado Herculano Areias. O Novais tinha um Lotus Elan S3 e o Herculano Areias um Lotus .. , um louts ..., bem era diferente, mais potente, mas o Novais algumas vezes ganhou ao Herculano Areias. O pessoal de Moçâmedes torcia pelo "nosso" Novais. Era o nosso fã. E nas corridas que fazíamos com carrinhos "Dicky Toys" lá tinha que haver um Novais. O problema era que todos queriam ser o Novais. Escusado será dizer que havia uns amassos, mas chegava-se a acordo, que um seria o Novais e os restantes, os outros. ....» tirado DAQUI
Os encontros de futebol e os inter-cidades, de basquetebol feminino e masculino e de hóquei em patins, constituiam-se em momentos de marca das "Festas do Mar". O hóquei em patins e o basquetebol feminino e do futebol, eram as duas modalidades que conseguiam arrastar para os campos do Sporting e do Atlético, numa primeira fase, e depois para o novo complexo desportivo do Benfica, situado na parte alta da cidade, gente de todas as idades e de ambos os sexos.que não se cansavam de aplaudir os clubes da sua preferência.
![[Atlético Clube + + Moçamedes ++ 1.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwLsHH5ZhLwhbvBL5mvmzo-29gOYRBGdGLvnkQ4n1-WQAewRqE9CKvsNe2A4b_YLSX6i1A8EgWO-Y3HZnJhpGfHmIH5U7ga81LDHqUM6JAWOtytxkB0t5UV05x0WgMz_GZziTuhl-IYInP/s640/Atl%C3%A9tico+Club+Mo%C3%A7amedes++1.jpg)
Foto do meu álbum. Arménio Jardim, capitão da equipa de hóquei em patins do Atlético de Moçâmedes, campeã de Angola, faz a sua entrada no campo.

Na foto, Helena Gomes, do Ginásio da Torre do Tombo, faz lembrar uma gazela a saltar quando procura libertar-se da adversária e partir para a bola ao cesto... Foto do meu álbum
Um registo muito especial para os clubes que ao longo de décadas,
no decurso das "Festas do Mar" ou não, marcaram com a sua presença a
qualidade do futebol moçamedense: Ginásio Clube da Torre do Tombo,
Atlético Clube de Moçâmedes, Sporting Clube de Moçâmedes , Sport
Moçâmedes e Benfica, e ainda para o Independente de Porto Alexandre que
fez a proeza de não apenas ganhar o Campeonato de Futebol de
Angola como a vencê-lo por três anos sucessivos (1969, 1970 e 1971),
tendo ficado na posse da monumental taça «Cuca».
Texto e pesquisa de
MariaNJardim
Veja aqui o raide TTT (Turismo Todo-o-Terreno) 2008 que teve como destino a foz do rio Cunene.
Videos Vários de Moçâmedes e Namibe:
Filme 1, Filme 2, Filme 3, Filme 4, Filme 5, Filme 6, Filme 7, Filme 8
Filme 9
Filme 10
Filme 11
Filme 12